Dia Mundial da Síndrome de Down ressalta a importância da inclusão: ‘O amor supera todas as dificuldades’


Mães de crianças com a síndrome em Rio Preto destacam a importância dos estímulos cognitivos e sociais para o desenvolvimento. Com cerca de 350 mil pessoas no Brasil vivendo com a síndrome, a data reforça a necessidade de conscientização sobre as necessidades e direitos delas. Manuela, de 12 anos, e Lorenzo, de 4 anos, tem Síndrome de Down.
Reprodução/TV TEM
O Dia Mundial da Síndrome de Down, celebrado nesta sexta-feira (21), reforça a importância da inclusão e do respeito aos direitos das pessoas com a condição. Em todo o Brasil, são cerca de 350 mil pessoas com a síndrome, segundo o Ministério da Saúde. Todos os anos, aproximadamente 8 mil novos casos são diagnosticados.
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A moradora de São José do Rio Preto (SP), Manuela Amorim Andrade, de 12 anos, é um exemplo de como o estímulo adequado pode transformar vidas. A menina, que nasceu com Síndrome de Down, adora desfilar e produzir vídeos. Na escola, seu desenvolvimento é acompanhado de perto por professores, e ela participa ativamente das atividades.
Dia Mundial da Síndrome de Down: entenda os direitos e garantia da inclusão de pessoas
A síndrome é causada por uma alteração genética, na qual há uma cópia extra do cromossomo 21, o que pode resultar em comprometimentos motores e intelectuais. No entanto, especialistas reforçam que o estímulo precoce faz toda a diferença no desenvolvimento e na autonomia dos indivíduos.
“A Manu é tudo para mim, é pelo que eu vivo. Minha missão de vida é fazer com que ela se torne um ser humano maravilhoso, independente e feliz”, afirma a mãe, Marina Amorim.
Marina e Manuela, mãe e filha, são ‘grudadas’ e realizam muitas atividades juntas.
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Para a professora-auxiliar Daniela Félix, a menina é um orgulho. “Ela é determinada, pontual, não falta, sempre está disposta a tudo”, conta. Fora da sala de aula, Manuela está sempre rodeada de amigas e tem uma rotina repleta de atividades. “Ela faz academia, frequenta a igreja, tem os amigos dela e toda uma vaidade também”, acrescenta Marina.
Em entrevista à TV TEM, professora colaborativa de educação especial Zélia Maria Cardoso destaca que a inclusão vai além da presença na escola. “Para que ocorra a inclusão, a escola precisa receber a família, a comunidade e trabalhar a conscientização dos alunos sobre respeito e empatia”, explica.
Manuela ama ir a escola e brincar com os amigos.
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🧩Terapia e desenvolvimento
O estímulo desde os primeiros anos de vida também é fundamental para o desenvolvimento motor e cognitivo. O pequeno Lorenzo, de 4 anos, faz aulas de natação com a mãe, Amanda Nunes da Silva, que é professora do esporte. “Ele começou cedo. Desde um ano e meio fazia terapias na APAE e depois seguiu para clínicas especializadas. Hoje, faz em três clínicas diferentes”, conta Amanda.
A família, de Rio Preto, usou da natação como forma de desenvolvimento para o Enzo.
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A médica geneticista Agnes Conte reforça que cada caso é único, mas que o estímulo faz toda a diferença. “O cérebro responde muito aos estímulos externos. Quando você faz sessões de fisioterapia, fonoterapia, terapia ocupacional e outros estímulos, certamente a criança terá um futuro muito melhor”, explica.
Para muitas mães, o diagnóstico pode ser um momento difícil, mas o amor transforma tudo.
“No início, veio o medo, a incerteza sobre como seria o desenvolvimento dela. Mas, com o tempo, conhecemos profissionais maravilhosos que nos ajudaram”, lembra Marina.
Para as famílias, o amor é fundamental também para o desenvolvimento das crianças.
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Amanda compartilha a mesma sensação. “Tudo que a gente é hoje, é graças a ele. Ele veio para mudar a minha vida e da minha família”, diz.
O apoio familiar, aliado ao estímulo correto, é essencial para que crianças com Síndrome de Down cresçam com autonomia.
“O amor supera todas as dificuldades. Amar e estimular é o caminho para um desenvolvimento pleno”, finaliza Amanda.
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