Impasse no MDB: indicação para vice na Alesc pode ser definida em votação interna

A disputa interna no MDB pela indicação do nome que ocupará a vice-presidência na chapa encabeçada por Júlio Garcia (PSD) para a presidência da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) reflete um cenário típico de tensões partidárias em momentos decisivos. O partido, que já garantiu a vaga de vice, agora enfrenta o desafio de alinhar interesses internos.

Deputado Volnei Weber (MDB) – Foto: Solon Soares/Agência AL/ND

O deputado Volnei Weber tem deixado claro que deseja ser o nome indicado do partido. Na última semana surgiu o nome do deputado Fernando Krelling, líder do partido na Alesc.

Volnei Weber, se posicionar firmemente como o nome mais adequado para a vaga, e demonstra não apenas determinação, mas também uma leitura política de que sua experiência e articulação o tornam indispensável neste momento. Por outro lado, o surgimento do nome de Fernando Krelling, sugere que há divergências internas sobre qual perfil é mais estratégico para o partido ocupar um espaço de destaque na mesa diretora da Assembleia.

Deputado estadual Fernando Krelling (MDB) – Foto: Solon Soares/Agência AL/ND

Essa disputa evidencia um problema comum no MDB: a dificuldade em construir consensos em momentos-chave. Embora seja saudável que existam diferentes perspectivas dentro de um partido, o risco de uma votação interna para decidir a indicação pode acirrar ainda mais os ânimos e deixar sequelas para o futuro.

Além disso, a postura de Weber em “não recuar” sinaliza que ele enxerga a indicação como um reconhecimento de sua atuação política. No entanto, é preciso que o partido avalie com cuidado se essa determinação é suficiente para garantir a unidade necessária à sobrevivência política do MDB na Alesc. A liderança partidária deve atuar como mediadora, promovendo um diálogo que vá além das ambições pessoais e priorize os interesses coletivos do partido.

.A política é feita de articulação e concessões, e o partido precisa demonstrar maturidade para sair desse impasse mais forte e coeso. Caso contrário, corre o risco de transformar uma vitória – a garantia da vice-presidência – em um motivo de desgaste interno.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.