Senna: num dia útil, túmulo no Morumbi recebe 6 visitantes em 1 hora

São Paulo — O túmulo de Ayrton Senna é, há 30 anos, o mais visitado do Cemitério do Morumby, na zona sul de São Paulo. Além dos relatos de funcionários, há vários indícios de que o ex-piloto é aquele que atrai a atenção da maioria dos visitantes. No início da tarde da última quinta-feira (12/12), em pleno dia útil qualquer, durante apenas uma hora, seis pessoas foram até o local prestar homenagem.

O casal de comissários de voo Ítalo Santos, 38 anos, e Jennifer Soares, 34 anos, veio do Rio de Janeiro. Eles foram dois desses fãs que estiveram sob a única árvore na quadra central do cemitério, que marca o local onde estão os restos mortais de Senna. “Bateu a curiosidade. Vi que ele foi enterrado aqui no cemitério do Morumbi e decidi visitar”, disse Ítalo, para quem os documentários serviram para trazer a vontade de saber mais sobre o piloto.

Jennifer relatou que tinha somente 4 anos quando Senna morreu, mas as lembranças são bastante presentes. “Tinha um quadro dele em casa. Fiquei bem abalada. Ele era muito perseverante, muito determinado, tinha muita força e isso acaba incentivando a gente nos dias de hoje”, afirmou.

A simplicidade do túmulo chamou a atenção da comissária de voo. “Achei que tivesse mais pompa, pelo fato de quem ele foi, o ídolo de um país”, disse.

De fato, seguindo o conceito do próprio cemitério, onde estão restos mortais de cantores como Elis Regina e Wilson Simonal, o túmulo de Senna é representado apenas por uma placa dourada, com nome, datas de nascimento e morte, localização e a frase “nada pode me separar do amor de Deus”.

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Túmulo de Ayrton Senna, em São Paulo

Casal de comissários de voo diante do túmulo de Ayrton Senna, em São Paulo
Casal de comissários de voo diante do túmulo de Ayrton Senna, em São Paulo
Túmulo de Ayrton Senna, em São Paulo
Túmulo de Ayrton Senna, em São Paulo
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Túmulo de Ayrton Senna, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Túmulo de Ayrton Senna, em São Paulo

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Casal de comissários de voo diante do túmulo de Ayrton Senna, em São Paulo

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Casal de comissários de voo diante do túmulo de Ayrton Senna, em São Paulo

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Túmulo de Ayrton Senna, em São Paulo

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Carta deixada pelo inglês Nigel Smith no túmulo de Ayrton Senna, no Cemitério Morumby, em São Paulo

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Entretanto, mesmo para alguém desavisado, é fácil perceber que há algo diferente ali. O gramado tem uma marcação própria até o túmulo do ex-piloto, como uma trilha suave desenhada por muitos passos. Em frente ao jazigo, não nasce grama, tamanha a quantidade de pessoas que visitam o local.

As homenagens ao redor da placa também destacam que ali está uma personalidade incomum. Objetos, flores e imagens são retiradas frequentemente pelos funcionários para evitar uma aglomeração. Ainda assim, na última quinta, havia todo tipo de lembrança deixada por fãs, de bandeira da Jamaica a cata-vento.

Uma delas chamou a atenção. Foi uma carta escrita à mão e plastificada posteriormente pelo inglês Nigel Smith, que se identificou como fã do arquirrival de Senna, o francês Alain Prost. “Sua morte mudou a Fórmula 1 e ela não é mais a mesma, como nas grandes corridas que tivemos nos anos 1980. Você não estaria feliz com a maneira como a Fórmula 1 é hoje”, afirmou Smith, para quem carros e pilotos de antigamente eram muito melhores. “Você faz muita falta. Descanse em paz, Ayrton”, disse.

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