‘Ainda Estou Aqui’: ‘New York Times’ reúne Fernanda Torres e Fernanda Montenegro e cita chances de indicação ao Oscar


Jornal diz que uma eventual vitória de Fernanda Torres em categoria individual poderia representar um ‘acerto de contas’ 26 anos após sua mãe, indicada por ‘Central do Brasil’, perder estatueta para Gwyneth Paltrow “New York Times” reúne Fernanda Montenegro e Fernanda Torres em reportagem sobre “Ainda Estou Aqui”
Reprodução/The New York Times
O jornal norte-americano “The New York Times” publicou neste sábado (14) uma reportagem sobre “Ainda Estou Aqui”, reunindo Fernanda Torres e sua mãe, Fernanda Montenegro, e repercutindo as chances de o filme brasileiro ser indicado ao Oscar 2025.
“Um blockbuster surpresa no Brasil alimenta esperanças de Oscar, e de um acerto de contas”, diz o título da reportagem, ilustrada com uma foto da filha, intérprete da protagonista Eunice Paiva, junto com a mãe, que aparece por alguns minutos no filme representando a personagem principal em seus últimos anos de vida.
“Décadas depois que sua mãe perdeu um Oscar, a brasileira Fernanda Torres pode ter a chance de ganhar uma estatueta de ouro com um papel em um filme que desencadeou uma profunda busca pela alma”, afirma o texto.
Fernanda Montenegro foi indicada ao Oscar de melhor atriz, em 1999, por sua performance em “Central do Brasil”, filme de Walter Salles – que também dirige “Ainda Estou Aqui”. A atriz, hoje com 95 anos, perdeu a estatueta para Gwyneth Paltrow, protagonista de “Shakespeare Apaixonado”.
“O Brasil nunca superou a esnobada”, diz o “NYT”, acrescentando que agora é Fernanda Torres que está ganhando destaque em Hollywood para buscar a “estatueta dourada por um papel que acendeu a febre cinematográfica — e reconhecimento nacional — no maior país da América Latina”.
A reportagem cita as indicações de “Ainda Estou Aqui” como melhor filme estrangeiro e de Fernanda Torres a melhor atriz no Globo de Ouro, o que “reforça as esperanças no Oscar”, segundo o texto.
O “NYT” diz que Fernanda Torres “pode enfrentar dificuldades neste ano” em uma disputa concorrida com atrizes como Angelina Jolie (por “Maria Callas”) e Nicole Kidman (“Babygirl”).
Ao jornal, a atriz disse que uma eventual indicação, como sua mãe obteve, “seria uma história incrível”. “Agora, ganhar, acho impossível”, acrescentou. O jornal acrescentou que apenas duas atrizes ganharam prêmios por papéis principais em filmes estrangeiros desde a primeira cerimônia do Oscar, em 1929.
Além de entrevistar mãe e filha, o jornal destaca o sucesso de bilheteria no filme do Brasil e repercute o aspecto político da obra, que expõe a tortura e o desaparecimento de vítimas da ditadura militar brasileira. O texto também conta com falas do diretor Walter Salles e do autor do livro que inspirou o filme, Marcelo Rubens Paiva.
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