Motorista que matou entregador atropelado não tinha CNH para dirigir dodge ram, diz polícia


Delegada informou que não habilitação para dirigir um veículo de porte da dodge ram agrava a pena. Acidente aconteceu na saída do Viaduto Jamel Cecílio, sentido Setor Sul, em Goiânia. Pedro Vitor, vítima de atropelamento, em Goiânia, Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
O motorista que atropelou e matou o entregador Pedro Vitor de Brito, de 21 anos, não tinha habilitação para dirigir uma dodge ram, informou a delegada Caroline Paim, titular da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito (DICT) à TV Anhanguera. Após ser atingido pela caminhonete na saída do Viaduto Jamel Cecílio, sentido Setor Sul, em Goiânia, o entregador foi levado para o hospital, passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e foi à óbito.
Em nota, a defesa do motorista informou que o motorista compareceu na delegacia, após ter sido informado do falecimento de Pedro, no dia seguinte ao acidente. Ele se apresentou espontaneamente à autoridade policial e está colaborando com as investigações, disse o advogado do motorista (confira a nota da íntegra ao final da matéria).
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A delegada da Dict explicou que o motorista da caminhonete não ter habilitação para dirigir um veículo do porte da dodge ram agrava a pena. “Esse veículo exige uma habilitação específica pelo grande porte e ele não possui essa habilitação”, declarou. A delegada informou ainda que a caminhonete foi entregue para ser submetida à perícia para constatar as avarias e esclarecer a dinâmica do acidente.
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Acidente
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O acidente aconteceu na noite do último domingo (8), enquanto Pedro estava entregando pizzas. Ele foi levado para o hospital, passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Um vídeo mostra o momento em que o acidente aconteceu no Viaduto Jamel Cecílio (veja o vídeo acima).
A namorada de Vitor, Dhebora Siqueira, disse que estava em casa quando recebeu a notícia do acidente. A princípio, ela achou que não se tratava de algo grave, somente uma fratura na perna, mas ao chegar ao hospital, recebeu a informação de que havia entrado sangue no pulmão da vítima, que precisou passar por uma cirurgia.
“Ele andava certinho, não fazia gracinhas. Literalmente foi um assassinato o que esse monstro fez. E fugiu, não prestou nada, só deixou ele lá”, disse Dhebora.
Foi então que, após deixar o centro cirúrgico, a família foi informada que, por conta de diversos traumas, incluindo um coágulo na cabeça, Pedro Vitor acabou não resistindo e morreu.
Segundo a família de Pedro, o rapaz chegou a receber os primeiros atendimentos ainda no local da batida, por dois motoristas médicos que passavam na hora do acidente. Um deles ainda teria visto o suspeito de causar o acidente ziguezagueando pela pista pouco antes do fato.
Ainda de acordo com a família, o jovem é natural do estado do Pará e havia se mudado para Goiás há pouco menos de 5 meses. Pedro Vitor deixa uma filha de três anos, fruto de outro relacionamento.
Vitor, de 21 anos, morreu no hospital após não resistir aos ferimentos de seu atropelamento
Reprodução/TV Anhanguera
Nota da defesa na íntegra
A defesa de Alberto Xavier M. Neto informa que, desde o momento dos fatos, foi imediatamente acionada e adotou todas as providências cabíveis. Comparecemos ao local do acidente e, em seguida, ao hospital para onde a vítima havia sido encaminhada, solicitando informações e dados de contato dos familiares com o objetivo de prestar todo o auxílio necessário. Contudo, esses dados não foram fornecidos pelo hospital, que alegou sigilo das informações, conforme a LGPD.
No dia seguinte ao lamentável acidente, em 09/12/2024, ao tomarmos conhecimento do triste falecimento da vítima, imediatamente, entramos em contato com a delegacia responsável pela investigação dos fatos. O contato foi estabelecido com a autoridade policial, quando a defesa se dirigiu à delegacia acompanhada do Sr. Alberto Xavier M. Neto.
Neste ato, o Sr. Alberto apresentou-se espontaneamente, colaborando integralmente com as investigações. Foram entregues os documentos necessários e disponibilizada a caminhonete para a realização da perícia.
Reforçamos que, neste momento, estas são as informações e esclarecimentos disponíveis. Eventuais detalhes adicionais serão apresentados e juízo, no curso do devido processo legal, com pleno respeito ao contraditório e à ampla defesa.
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