Com ajuda de rebeldes islâmicos, EUA tentam encontrar jornalista desparecido na Síria há 12 anos

Autoridades dos Estados Unidos pressionavam nesta segunda-feira por informações sobre Austin Tice e trabalhavam para garantir a libertação do jornalista norte-americano capturado na Síria há 12 anos.
O enviado de Washington para assuntos de reféns, Roger Carstens, estava em Beirute como parte dos esforços intensivos para localizar Tice, segundo o Departamento de Estado, enquanto o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que outras autoridades buscam informações de pessoas na Síria.
Esta é uma prioridade máxima para nós: encontrar Austin Tice, localizar a prisão onde ele pode estar detido, tirá-lo de lá e levá-lo para casa em segurança para sua família, disse Sullivan ao programa Good Morning America da emissora ABC.
Estamos conversando com os turcos e outros com as pessoas que estão em campo na Síria para dizer: ‘Ajude-nos com isso. Ajude-nos a levar Austin Tice para casa’.
Ex-fuzileiro naval dos EUA e jornalista freelancer, Tice tinha 31 anos quando foi sequestrado em agosto de 2012 enquanto fazia uma reportagem em Damasco sobre a revolta contra o presidente sírio Bashar al-Assad, deposto pelos rebeldes sírios que tomaram a capital Damasco no último domingo. A Síria negou que ele estivesse preso.
Assad fugiu para a Rússia após uma guerra civil de 13 anos e mais de cinco décadas de governo autocrático da sua família.
Os Estados Unidos receberam informações de uma fonte libanesa que disse ter visto Tice vivo e que acreditava que o grupo que o mantinha preso era ligado ao Hezbollah, de acordo com uma ex-autoridade dos EUA com conhecimento das informações.
O presidente norte-americano, Joe Biden, disse no domingo que o governo dos EUA acredita que Tice está vivo. Ele encarregou sua equipe de fazer o que fosse preciso para trazer Tice de volta para casa, de acordo com pessoas familiarizadas com a diretriz.
(Reportagem de Erin Banco e Simon Lewis; reportagem adicional de Doina Chiacu, Trevor Hunnicutt, Humeyra Pamuk, Kanishka Singh e Patricia Zengerle)
Adicionar aos favoritos o Link permanente.