Verão 2025: Campinas tem chuvas mais intensas, mas acumulado fica 13,5% abaixo do esperado, aponta Cepagri


Entre dezembro e fevereiro, choveu 591,3 mm na metrópole, menos que os 400 mm registrados no verão anterior. Eventos foram mais localizados, com ocorrências de granizo, por exemplo. Chuvas neste verão foram mais intensas e localizadas, inclusive com granizo, segundo Cepagri
Patrícia Rocha/Júlio Velardi/Giordana Despontin
No verão 2024/2025, Campinas (SP) teve chuvas mais intensas e localizadas, segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp. Porém, o acumulado de chuva nos meses de dezembro a fevereiro, que formam o verão meteorológico, ficou 13,5% abaixo da média esperada.
Este ano, o acumulado de chuvas durante os meses de dezembro a fevereiro foi de 591,3 mm, menos que os 400 mm registrados no verão anterior (período de 2023/2024). O esperado seria de 683,6 mm, afirma Ana Ávila, meteorologista do Cepagri.
“Esse verão teve mais eventos intensos. nós tivemos mais chuvas, tivemos mais chuvas localizadas, com ocorrências de granizo, de chuvas localmente fortes, de enchentes”, avalia.
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O verão meteorológico é diferente do verão astronômico, que leva em conta as datas de solstício e equinócio para início e fim da estação. Por isso, a análise do Cepagri considera o período entre dezembro e fevereiro, sem contabilizar março.
No mês de março, até o momento, o acumulado de chuva é de 34 mm. Com isso, o total desde dezembro sobe para 625,3 mm. O número é menor do que a média histórica para o mês: de 1990 a 2024, a média de chuva em março é de 156 mm.
Queda na média de temperatura
Com relação às temperaturas, este verão teve média de 25,4º. Já no verão passado, a temperatura média ficou em 25,9º.
Apesar de ter sido menos quente, a estação este ano apresentou características mais parecidas com o regime de verão. Os meses de dezembro e janeiro foram mais chuvosos, enquanto fevereiro teve chuvas abaixo da média, segundo o Cepagri.
“O mês de fevereiro fez com que a média das temperaturas aumentasse, e a média das chuvas diminuísse, porque foi quente e seco. Praticamente durante todo o mês de fevereiro as chuvas foram mais abaixo da média”, explica Ana Ávila.
Tendência para os próximos meses
Ainda de acordo com o Cepagri, nos próximos meses a tendência é de que as temperaturas fiquem acima da média, especialmente em abril. Já as chuvas devem continuar abaixo da média e mais associadas às frentes frias.
“A La Niña que se configurou no verão (e que não produziu impactos na região sudeste) já começa a se desconfigurar e nos próximos meses devemos ter condição de neutralidade no Oceano Pacífico. Essa condição de neutralidade deve persistir até pelo menos o começo do próximo semestre”, informa o Centro.
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