O verão chegou: devo passar protetor solar no meu pet?

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Com as ondas de calor no Brasil, mesmo em horários mais indicados para passeios, como na parte da manhã e fim de tarde, o sol já está intenso e é necessário redobrar os cuidados com os pets. Muitos tutores ainda têm dúvidas sobre a utilização de protetor solar em cães e gatos. Afinal, é realmente necessário?
De acordo com as médicas-veterinárias Aline Machado De Zoppa, docente do Centro Universitário de Jaguariúna, e Ana Letícia Rubello, supervisora da Clínica de Pequenos Animais do Hospital Veterinário do Centro Universitário Max PlancK, a resposta é sim e a utilização é muito importante.
Aline Machado aponta que cães e gatos têm pelame que protege a pele dos raios UVA e UVB. “No entanto, há partes do corpo sem recobrimento de pelos que ficam mais expostas a luz solar e que precisam ser protegidas, assim como ocorre com os seres humanos.”
“O protetor solar pode ser utilizado nas áreas sem pelo, geralmente uma camada bem fina, e tem de ser reaplicada quando há exposição constante ao sol. O produto deve ser passado, principalmente, nas áreas de cor branca, que não têm a proteção da melanina. Tais como: focinho, orelhas, pálpebras e eventualmente o abdômen”, continua Aline.
Ana Letícia afirma que a ausência de proteção solar, seja essa com aumento de exposição solar do animal ou não uso de protetor, pode aumentar significativamente o risco de dermatites actínias, lesões pré-cancerígenas e até quadro de câncer de pele.
Mesmo sendo um produto feito especialmente para os pets, Aline explica que a lambedura deve ser evitada, porque a sensibilidade dos animais é variável e alguns podem ter irritações intestinais pela ingestão do creme.
“É muito difícil perceber previamente se o pet tem alergia ao protetor”, aponta Aline. “Por isso, é recomendado que se utilize uma fina camada de protetor em uma área pequena, como teste, e observe por 12 horas. Se não houver manifestação alérgica, pode aplicar nas demais áreas.”
Ana afirma que durante a estação, e com as altas temperaturas, deve-se ter cuidado com a hidratação dos pets e evitar grandes esforços físicos, os quais possam levar a hipertermia (aumento de temperatura corpórea). “Os animais realizam a termorregulação por meio dos coxins, as ‘almofadinhas’ das patas, juntamente da respiração, entre outros.”
“Não é recomendado o uso do protetor humano em pets, pois a fórmula pode conter componentes impróprios para uso em animais, podendo levar ao quadro de intoxicação”, diz Ana. Ela recomenda que o tutor consulte um médico-veterinário, que poderá indicar a formulação correta do protetor solar para o pet.
“As áreas sem pelo dos animais expostas ao sol podem ser sede de alterações, assim como nos humanos. Dermatites por ação solar são mais frequentes em cães e gatos de pelagem branca”, aponta Aline. “Além disso, há situações mais graves de grande e constante exposição solar, levando ao desenvolvimento de tumores cutâneos como os carcinomas espinocelulares, por exemplo.”
Aline explica que é raro existir queimadura (como a dos humanos) após exposição ao sol, mas podem ocorrer. “Caso aconteça, deve-se tratar como queimaduras, cuidando e higienizando a ferida, hidratando o tecido e protegendo de maior exposição.”
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