PF: major atuou com marqueteiro de Milei para descredibilizar eleições

O major da reserva Angelo Martins Denicoli, indiciado com outras 36 pessoas pro tentativa de golpe de Estado em 2022, atuou diretamente com o ex-marqueteiro de Javier Milei para tentar descredibilizar as eleições brasileiras e apontar fraude nas urnas.

A informação consta no relatório da Polícia Federal (PF) sobre o caso, divulgado nesta terça-feira (26/11).

Segundo as investigações, o major golpista coordenou a “produção e difusão de ‘estudos que teriam identificado inconsistências nas urnas eletrônicas” do Brasil junto de Fernando Cerimedo. O ex-marqueteiro de Milei é um dos indiciados pela PF por tentativa de golpe.

Denicoli, apontado como um dos membros o núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral da organização criminosa, teria sido o responsável por publicar os documentos com informações falsas em um serviço de nuvem e fazer a ponte entre o grupo e o argentino.

Em 4 de novembro de 2022, Cerimedo apresentou informações falsas sobre as urnas brasileiras durante um live, com base em dados sem provas concretas que disse ter recebido.

Na época, o general Mario Fernandes chegou a usar a fake news propagada pelo marqueteiro de Milei como forma de pressionar para que o golpe de Estado saísse do papel.

Apesar das falsas alegações de Cerimedo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desmentiu que as urnas brasileiras enfrentavam fragilidades. Um relatório do Ministério da Defesa também desmentiu o argentino, e disse não ter encontrado vestígios de fraudes nos equipamentos.

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