Moraes deixa para 3ª envio de relatório à PGR sobre trama golpista

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deixou para esta terça-feira (26/11) o envio do relatório final sobre a investigação de uma trama golpista no governo de Jair Bolsonaro (PL) à Procuradoria-Geral da República (PGR). O procurador Paulo Gonet avaliará o material e decidirá se oferece denuncia contra os 37 indiciados.

A PGR, entretanto, ao avaliar o relatório, pode também pedir novas diligências ou mesmo arquivar as denúncias.

O relatório final das investigações narram uma trama para decretar um golpe de Estado nos meses finais de 2022, a fim de impedir que o então candidato eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse a Presidência da República e assim manter Jair Bolsonaro no cargo.

A Polícia Federal (PF) também encontrou indícios que havia um plano para matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Provas e depoimentos colhidos no curso das investigações ainda dão conta de que Bolsonaro sabia da trama e teria “enxugado” uma minuta para a decretação de golpe de Estado.

A mais recente operação deflagrada pela PF, na última terça-feira (19/11), prendeu quatro militares e um policial federal por envolvimento no plano de assassinato das autoridades. Conforme os investigadores, por pouco o ministro Alexandre de Moraes não foi sequestrado em 15 de dezembro.

A conclusão das investigações pela PF resultou no indiciamento de 37 pessoas, enquadradas nos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Na lista, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e nomes do seu entorno, como os ex-ministros Walter Braga Neto, Anderson Torres e Augusto Heleno.

A corporação preparou um relatório robusto, que detalha a conduta de cada ator nos bastidores dos últimos dias do governo Bolsonaro para viabilizar um golpe de Estado.

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