Diplomatas rebatem fala de ministro de Lula sobre acordo UE-Mercosul

Diplomatas brasileiros divergem, nos bastidores, do ministro da Agricultura do governo Lula, Carlos Fávaro, e negam que o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul esteja próximo de ser anunciado, como o chefe da pasta tem dito.

Na semana passada, durante a reunião da cúpula do G20, no Rio de Janeiro, Fávaro declarou que “os avanços são bastante animadores para que se chegue a um bom termo” e que o “governo brasileiro nunca esteve tão perto desse acordo”.

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Ministro de Lula diz que acordo está quase fechado

Mas diplomatas negam
Agricultores da França entram em briga com agro brasileiro
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Diplomatas rebatem fala de ministro de Lula sobre acordo do Mercosul

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Ministro de Lula diz que acordo está quase fechado

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Mas diplomatas negam

Letícia Clemente/MRE

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Agricultores da França entram em briga com agro brasileiro

Agência EBC

O chefe da Agricultura também tem dito que o acordo vai ser anunciado durante a próxima cúpula do Mercosul, marcada para os dias 5 e 6 de dezembro em Montevidéu, capital do Uruguai. O presidente Lula confirmou presença no evento.

Fontes do Itamaraty ouvidas pela coluna dizem, contudo, que “a discussão ainda está em nível técnico”. “Há negociações avançadas em curso, não dá para cravar datas e gerar expectativas antes da conclusão”, afirma um diplomata, sob reserva.

Assinado em 2019, o acordo da União Europeia e Mercosul nunca avançou por falta da consenso entre os países dos dois blocos. França e outros países da europeus, por exemplo, se posicionaram contra ou fizeram restrições parciais aos termos.

Suspensão de vendas e ministro “feliz”

Como o Metrópoles noticiou mais cedo, Carlos Fávaro declarou nesta segunda-feira (25/11) estar “feliz” com a decisão de frigoríficos brasileiros de suspender o fornecimento de produtos à rede francesa Carrefour no Brasil.

A medida é uma retaliação à decisão do CEO do gigante de varejo na França, Alexandre Bompard, de boicotar a carne brasileira, após 40 anos de comércio. Fávaro classificou a posição do francês como um “absurdo”.

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