
Além da capital Rio Branco, municípios que são cortados pelos rios Acre, Juruá e Purus também estão em alerta. Nesta terça (18), os rios Tarauacá, Abunã e Moa foram acrescentados no decreto estadual. Enchente Rio Acre 2025, no Segundo Distrito de Rio Branco
Pedro Devani/Secom-AC
Mais de uma semana após decretar emergência por conta da cheia dos rios Acre, Juruá, Purus e Envira, o governo do estado alterou o decreto e acrescentou os rios Tarauacá, Abunã e Moa por conta do transbordo destes mananciais. A publicação foi feita no Diário Oficial do Estado (DOE) e assinada pela governadora em exercício Mailza Assis nesta terça-feira (18).
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O decreto autoriza medidas emergenciais e administrativas urgentes para a instalação de abrigos, fornecimento de insumos e mobilização de recursos para o enfrentamento da crise. Os rios que entraram na nova alteração do decreto são:
Rio Tarauacá, que passa pelas cidades de Tarauacá e Jordão
Rio Abunã, que passa próximo a populações às margens de Plácido de Castro
Rio Môa, afluente do Rio Juruá, que passa por Mâncio Lima
Os que já estavam no decreto anterior são:
Rio Acre, que passa por Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Rio Branco e Porto Acre
Rio Juruá, que passa por Cruzeiro do Sul, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves
Rio Purus, que passa por Santa Rosa do Purus e Manoel Urbano
Rio Envira, que passa por Feijó
Todos os municípios acima em negrito estão em emergência decretada pelo governo. Veja abaixo a situação atual dos rios que estão em transbordamento ou próximos à cota de alerta.
Confira a situação atual dos municípios em situação de emergência no Acre
Não há informações dos Rios Abunã e Moa, sendo que este último passa por Mâncio Lima e têm influência direta na inundação da cidade. Em Rodrigues Alves, não foi divulgada medição nesta terça-feira (18).
Corpo de Bombeiros alerta para os riscos de acidentes durante a cheia do Rio Acre
Inundações
No último domingo, as prefeituras de Tarauacá e Mâncio Lima decretaram situação de emergência em razão do aumento do nível dos seus respectivos rios e afluentes. As equipes da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros já prepararam uma escola em Tarauacá para receber 28 pessoas que foram desalojadas e 4 famílias já estão em um abrigo.
Em Cruzeiro do Sul, na Bacia do Juruá, o rio continua ultrapassando a cota de transbordamento, atingindo 13,62 metros às 6h. Equipes do estado e município monitoram e prestam assistência a 35 famílias que estão sem energia elétrica, mas não quiseram sair de suas casas.
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Rio Juruá está acima da cota de transbordo em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre
Édson Fernandes/Secom
Feijó e Tarauacá, que são dois municípios banhados pela Bacia do Tarauacá e Envira, também apresentaram diminuição, porém Tarauacá continua acima da cota de transbordamento. Às 6h desta terça, o rio reduziu 15cm em comparação com a última medição e está com 10,59 metros.
Na capital acreana, a cota de alerta do Rio Acre na capital é de 13,50 metros e a de transbordo é de 14 metros. O manancial na capital está acima desta marca desde a última segunda-feira (10). Nesta terça, o boletim parcial da Defesa Civil aponta que são:
Mais de 8,6 mil famílias diretamente afetadas pela enchente, o equivalente a 31.318 pessoas;
Pelo menos 169 famílias em abrigos, cerca de 544 pessoas;
Cerca de 598 famílias desalojadas, ou seja, que estão na casa de parentes ou amigos;
19 comunidades rurais afetadas, dentre elas três são isoladas, e 2.198 famílias rurais atingidas;
43 bairros da capital atingidos.
Rio Acre em Rio Branco, próximo à Ponte Metálica
Júnior Andrade/Rede Amazônica
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