Haddad: anúncio de medidas de corte de gastos sai entre 2ª e 3ª feira

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (21/11) que o anúncio das medidas de corte de gastos deverá sair entre segunda e terça-feira (25 e 26/11). Haddad se reuniu nesta quinta com o presidente Lula (PT) e ministros da área econômica no Palácio do Planalto.

“A receita continua vindo em linha com o projetado pela Fazenda. A despesa vai exigir novos bloqueios conforme anunciado pelo ministro da Casa Civil hoje pela manhã, mais ou menos com o número que ele já adiantou. É um pequena variação que pode acontecer dependendo de uma variável está sendo apurada pelo Planejamento. É em linha com o número que foi adiantado”, afirmou o ministro a jornalistas.

“Na segunda pela manhã, nós vamos passar para o presidente a minuta dos atos que já foram minutados pela Casa Civil. Nós vamos bater com ele a redação de um ou outro detalhe, inclusive o acordo que foi feito com a Defesa e que ele soube só informalmente por mim hoje”, prosseguiu.

Segundo Haddad, após a reunião de segunda-feira, que acontecerá a partir das 10h, o governo estará pronto para divulgar as medidas. “Faremos isso nas próximas segunda ou terça. É uma decisão que a comunicação vai tomar, mas os atos já estão limitados. Nós vamos fechar pela manhã, a partir das 10h da manhã. O presidente liberou a agenda para encerrar o debate sobre redação e estaremos prontos para o anúncio.”

Corte de gastos

Nas últimas semanas, o titular da Fazenda tem se reunido com o presidente da República e vários colegas da Esplanada dos Ministérios para negociar as “tesouradas” nas pastas.

Até agora, os ministérios que devem passar por cortes são: Educação, Saúde, Trabalho e Emprego e Previdência Social. Após um pedido de Lula, a equipe econômica também incluiu nesse esforço o Ministério da Defesa.

Haddad admitiu, inclusive, que o impacto das medidas que atingirão militares será da ordem de R$ 2 bilhões por ano.

As medidas fiscais que serão apresentadas deverão tramitar na forma de proposta de emenda à Constituição (PEC) e de projeto de lei complementar (PLP). Há expectativa de que o envio seja feito ao Congresso ainda em novembro.

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