Moraes mantém delação de Mauro Cid após novas informações sobre Braga Netto

Mauro Cid prestará novo depoimento à PF nesta terça-feiraAgência Brasil

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, teve seu acordo de delação premiada mantido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Cid forneceu novas informações que envolvem o general Braga Netto em supostas articulações golpistas, garantindo a validade de seu acordo no depoimento nesta quinta-feira (21).

Por que a delação estava em risco?

A delação premiada de Mauro Cid corria o risco de ser anulada devido a supostas omissões e contradições em depoimentos anteriores, apontadas pela Polícia Federal (PF). No entanto, ao ser ouvido novamente por Moraes, o militar apresentou esclarecimentos considerados satisfatórios.

Os investigadores não chegaram a solicitar a rescisão do acordo, e Moraes pediu um parecer à Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de tomar uma decisão. Após o depoimento, os benefícios da delação foram mantidos.

Durante o depoimento, Cid detalhou uma reunião realizada no apartamento de Braga Netto, onde teria sido discutida uma tentativa de golpe. Essa revelação foi decisiva para manter seu acordo de colaboração.

Braga Netto foi indiciado pela PF no mesmo inquérito, que também inclui outras 36 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A defesa do general afirmou que aguardará o “recebimento oficial dos elementos informativos para adotar um posicionamento formal e fundamentado”. Em nota, os advogados repudiaram a divulgação de informações do inquérito antes do acesso às partes envolvidas.

A sequência de eventos

O depoimento de Mauro Cid durou três horas. Ele chegou ao STF por volta das 13h30, sem farda, acompanhado por seus advogados, Cezar Bittencourt e Vania Adorno Bittencourt. Após a audiência, retornou para casa com os benefícios da delação preservados.

Cezar Bittencourt, advogado de Cid, descreveu o depoimento como “positivo” e afirmou que ele “deu uma satisfação ao ministro” em relação às questões levantadas.

Contradições e suspeitas

A convocação para o depoimento aconteceu após a PF relatar que Cid teria deixado de informar detalhes sobre um suposto plano de golpe, que incluiria o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio Moraes.

Mensagens recuperadas pelos investigadores indicam que Cid participou do monitoramento dos passos de Moraes. Em depoimento, ele justificou as ações como parte de uma tentativa de confirmar se o ministro estaria se reunindo com adversários políticos de Bolsonaro, reforçando teorias conspiratórias da campanha eleitoral de 2022.

Histórico de prisões

Cid foi preso duas vezes em 2023. A primeira, em maio, aconteceu no âmbito de uma investigação sobre fraudes em cartões de vacinação que teriam beneficiado Bolsonaro e aliados. Ele foi solto em setembro, após firmar o acordo de delação.

A segunda prisão ocorreu em março de 2024, após a divulgação de áudios em que criticava Moraes e acusava a PF de ter uma “narrativa pronta”. Na ocasião, Moraes ordenou a prisão por obstrução de Justiça.

Planos de golpe e articulações militares

As investigações revelaram indícios de um plano de golpe envolvendo militares das forças especiais, que utilizaram chips de celular em nomes de terceiros e monitoraram a residência de Moraes. As ações foram realizadas com uso de codinomes e envolviam deslocamentos estratégicos para Brasília.

O caso segue avançando no STF, com foco nas novas revelações apresentadas por Mauro Cid e suas implicações para outros investigados, incluindo figuras de alta patente no Exército.

Contradições e suspeitas

A convocação para o depoimento aconteceu após a PF relatar que Cid teria deixado de informar detalhes sobre um suposto plano de golpe, que incluiria o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do próprio Moraes.

Mensagens recuperadas pelos investigadores indicam que Cid participou do monitoramento dos passos de Moraes. Em depoimento, ele justificou as ações como parte de uma tentativa de confirmar se o ministro estaria se reunindo com adversários políticos de Bolsonaro, reforçando teorias conspiratórias da campanha eleitoral de 2022.

Histórico de prisões

Cid foi preso duas vezes em 2023. A primeira, em maio, aconteceu no âmbito de uma investigação sobre fraudes em cartões de vacinação que teriam beneficiado Bolsonaro e aliados. Ele foi solto em setembro, após firmar o acordo de delação.

A segunda prisão ocorreu em março de 2024, após a divulgação de áudios em que criticava Moraes e acusava a PF de ter uma “narrativa pronta”. Na ocasião, Moraes ordenou a prisão por obstrução de Justiça.

Planos de golpe e articulações militares

As investigações revelaram indícios de um plano de golpe envolvendo militares das forças especiais, que utilizaram chips de celular em nomes de terceiros e monitoraram a residência de Moraes. As ações foram realizadas com uso de codinomes e envolviam deslocamentos estratégicos para Brasília.

O caso segue avançando no STF, com foco nas novas revelações apresentadas por Mauro Cid e suas implicações para outros investigados, incluindo figuras de alta patente no Exército.

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