PF já indiciou Bolsonaro por caso das joias sauditas e cartões de vacina, além do golpe; relembre


Em março e em julho, policiais já haviam relatado indícios de crimes em duas vertentes de investigação contra o ex-presidente. Caberá à PGR decidir se apresenta denúncia à Justiça. O ex-presidente Jair Bolsonaro em Goiânia, em imagem de 4 de abril de 2024
Ueslei Marcelino/Reuters
O ex-presidente Jair Bolsonaro já foi indiciado neste ano em outras duas investigações da Polícia Federal: o caso das joias sauditas e a fraude no cartão de vacinas.
Nesta quinta-feira, a PF indiciou o ex-presidente também no inquérito sobre suposta tentativa de golpe de Estado.
O indiciamento significa que a Polícia Federal encontrou indícios suficientes de crime.
As conclusões da polícia são enviadas à Procuradoria-Geral da República, que decide se arquiva os casos, se pede mais informações ou se apresenta uma denúncia, uma acusação formal na Justiça. Só se a denúncia for recebida é que Bolsonaro e os demais indiciados virarão réus.
Relembre nesta reportagem (clique no link para seguir ao conteúdo):
Fraude em cartões de vacina
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Fraude em cartões de vacina
Em março deste ano, os investigadores enviaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) as conclusões da apuração sobre um esquema de falsificação de cartões de vacina. Além do político do PL, outras 16 pessoas foram indiciadas.
Segundo os investigadores, o grupo incluiu informações falsas em um sistema do Ministério da Saúde, para beneficiar o ex-presidente, parentes e auxiliares dele.
A investigação veio a público em maio de 2023, quando a Polícia Federal deflagrou uma operação para cumprir 16 mandados de busca e apreensão e seis de prisão, contra investigados. A ação foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Neste caso, a Procuradoria-Geral da República solicitou mais investigações, novas diligências para complementar a apuração. O pedido foi acolhido por Moraes.
Joias sauditas
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Em julho, em outro ramo das investigações, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente e outras 11 pessoas pela suspeita de apropriação indevida de joias milionárias dadas de presente pelo governo da Arábia Saudita, quando era presidente do Brasil.
As joias foram recebidas por Bolsonaro durante seu mandato e não foram declaradas como patrimônio do Estado, o que é exigido por lei.
Segundo as investigações, parte das joias foi negociada nos Estados Unidos. Após a revelação do caso, aliados de Bolsonaro tentaram recomprá-las e devolvê-las ao governo brasileiro.
Os presentes recebidos por Bolsonaro durante seu mandato incluem itens milionários como um relógio Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico.
Também neste caso, em agosto, a PGR pediu novos laudos da PF para complementar as apurações.
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