Cirurgias em peixes domésticos: entenda quando elas são necessárias

Os peixes de estimação, assim como cães, gatos e pássaros, são pets que passam por sérios problemas de saúde, que podem se agravar para os temidos casos cirúrgicos. Apesar do tamanho e das diferenças biológicas, eles são plenamente capazes de sobreviver às intervenções. De acordo com o médico veterinário Luiz Fernando Guaraná, as razões mais recorrentes que demandam cirurgia vão desde tumores de pele até ingestão de corpos estranhos.

O primeiro caso exemplificado é o que mais demanda esse tipo de intervenção. Guaraná explica que tumores presentes nas escamas, nadadeiras, faces ou narinas são os mais críticos. Já nas situações em que eles ingerem corpos estranhos, a intervenção cirúrgica depende do tamanho daquilo que foi ingerido, e do trecho em que está localizado. “Às vezes, estando em um trecho específico do trato gastrointestinal, não dá para fazer a retirada por endoscopia”, esclarece o médico especializado em clínica médica e cirúrgica de Animais Silvestres e Exóticos.

Segundo a médica veterinária Ana Carolyne de Oliveira, a recuperação dos peixes durante o pós-operatório é diferente da recuperação das demais espécies. Isso porque a ferida cirúrgica deles não requer limpeza ou curativos.

Oliveira explica que, uma vez que os peixes vivem na água, eles produzem muco em sua pele, que serve como uma barreira protetora. “A remoção desse muco durante a limpeza da ferida poderia comprometer essa proteção natural, o que tornaria a abordagem contrária ao esperado”, esclarece.

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O pet passa esse período de recuperação em um aquário de hospital, que não irá conter substrato, plantas ou objetos, a fim de evitar fômites (como são chamadas as partículas capazes de transportar germes patogênicos).

Nesse ambiente, é possível administrar medicações de forma individualizada, tanto via água quanto diretamente no peixe. A veterinária esclarece que o aquário do hospital proporciona um melhor monitoramento do paciente, permitindo avaliar sua alimentação, excreções e comportamento.

Já quanto às chances de sobrevivência, ela pode variar de acordo com o diagnóstico do peixe e do procedimento cirúrgico que ele irá realizar.

“O que podemos afirmar é que, em muitos casos, a intervenção cirúrgica é fundamental para garantir a sobrevivência do peixe. Dependendo da situação, sem a cirurgia, o peixe não teria condições de se recuperar e poderia evoluir para o óbito.”

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