
A família de Sudiksha Konanki, estudante da Universidade de Pittsburgh desaparecida desde o início do mês na República Dominicana, solicitou às autoridades locais que a jovem seja oficialmente declarada morta. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (18) por Diego Pesqueira, porta-voz da Polícia Nacional dominicana.
De acordo com Pesqueira, a família enviou uma carta formal à corporação pedindo o reconhecimento da morte da jovem de 20 anos, que sumiu durante uma viagem de férias com amigos ao país caribenho no último dia 6 de março. Apesar das intensas buscas realizadas desde então, o corpo de Sudiksha não foi localizado.
Natural do condado de Loudoun, na Virgínia (EUA), Sudiksha cursava o terceiro ano de biologia na Universidade de Pittsburgh. Ela foi vista pela última vez nas primeiras horas da manhã de 6 de março, após ter ido à praia com amigos. Depois que o grupo deixou o local, Sudiksha permaneceu na companhia de pessoas que conheceu durante a viagem. Foi após às 4h15 da madrugada que ela desapareceu.
O último a ser visto com Sudiksha foi Joshua Riibe, de 22 anos, estudante da St. Cloud State University, em Minnesota, e natural de Rock Rapids, Iowa. As autoridades dominicanas confiscaram o passaporte de Riibe na sexta-feira (15) como parte da investigação. Segundo seus advogados, ele está proibido de deixar o hotel onde está hospedado e é escoltado permanentemente pela polícia.
No domingo (17), Riibe foi visto com investigadores e seu advogado em uma praia de Punta Cana, local da investigação, apontando para o mar enquanto a área era isolada por agentes de segurança. Antes disso, ele havia dito à NBC News que estava colaborando com as autoridades. “Estou apenas tentando ajudar. O oceano é um lugar perigoso”, declarou.
Em depoimento obtido pela emissora, Riibe relatou que estava com Sudiksha na água, onde conversaram e trocaram beijos. Segundo ele, uma forte onda os arrastou mar adentro. “Tentei fazer ela respirar, mas isso também me impedia de respirar e acabei engolindo muita água”, contou. Riibe disse ainda ter conseguido levá-la de volta à areia, mas afirmou que, ao se virar, não a viu mais. “Perguntei se ela estava bem, mas não ouvi resposta. Achei que ela tivesse pegado as coisas e ido embora.”
Ainda segundo a polícia dominicana, não foram encontrados sinais de violência no local onde a jovem desapareceu. Representantes do hotel informaram que, no momento do sumiço, bandeiras vermelhas — sinalizando correntes fortes e ondas altas — estavam hasteadas na praia.
As autoridades da República Dominicana reforçaram que ninguém é considerado suspeito no caso até o momento. Nos Estados Unidos, o desaparecimento é tratado como caso de pessoa desaparecida, sem indícios de crime.
A família de Sudiksha Konanki não se manifestou após o pedido de declaração de morte.