CBF desenvolve gesto contra atos racistas durante os jogos

A CBF anunciou, nesta terça-feira (19), que será implementado um protocolo contra gestos racistas durante as partidas de futebol. A medida busca evitar e remediar qualquer tipo de preconceito ou ato racista que ocorra dentro do campo, demonstrando que esse tipo de comportamento não será aceito.

A elaboração deste protocolo chega junto de dois momentos de destaque. O primeiro momento é o feriado nacional de Dia da Consciência Negra (20), já o segundo é o jogo da Seleção Brasileira contra o Uruguai, que acontece também nesta terça-feira (19), às 21h45. Essas duas situações em conjunto mostrarão que atos racistas ou qualquer tipo de injúria não serão permitidos e posicionamentos serão tomados. 

Sobre o gesto, quando qualquer tipo de atitude racista ou palavras de xingamentos sejam feitas, os jogadores deverão sinalizar através do movimento de cruzar os braços em frente ao peito. Os jogadores, juízes, árbitros, técnicos e outros profissionais, que participarão do jogo que acontece em Salvador, foram orientados e autorizados a realizar o gesto, caso necessário, durante a partida. Em vista disso, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, comentou sobre: “ A partida da Seleção na Bahia, a cidade mais negra fora da África, marcará o lançamento oficial do protocolo contra atos racistas no futebol brasileiro”, disse Ednaldo.

Assim, o gesto que serve para sinalizar algo de errado que esteja acontecendo durante o jogo, também contará com punições mais sérias tanto para a torcida quanto para o torneio. Serão três formas de punição, como interrupção da partida, suspensão do jogo e abandono do evento que servirão tanto para essas quanto outros jogos realizados pelas CBF.

Por fim, vale destacar que esse protocolo surge em um momento bastante crítico, no qual diversas partidas e jogadores foram afetados por esse tipo de crime e, que busca uma certa mudança após a execução desse procedimento. O jogador Vinicius Junior é um dos exemplos mais nítidos desse tipo de crime, já que ele vem sofrendo com esses preconceitos há bastante tempo dentro e fora dos campos.