Além de Letícia Sabatella: famosas que dormem em camas separadas dos parceiros

Famosas que dormem em camas separadasReprodução/Instagram

Cada vez mais casais famosos estão aderindo ao hábito de dormir em quartos separados, uma prática que levanta debates e, segundo especialistas, pode ser benéfica para a saúde do relacionamento. Recentemente, o ator Daniel Dantas, de 70 anos, revelou que ele e a esposa, Letícia Sabatella, de 53, dormem não apenas em camas distintas, mas em casas separadas. Juntos desde 2019, Dantas explicou que a decisão surgiu devido às preferências divergentes do casal em relação à temperatura do quarto e à necessidade de preservar a individualidade.

Assim como Letícia e Dantas, outros casais conhecidos também se beneficiam do distanciamento noturno. A apresentadora Eliana, de 51 anos, revelou que ocasionalmente dorme em outro quarto para escapar do ronco do marido, o diretor Adriano Ricco, de 46 anos. Ela destaca que a prática nada tem a ver com desentendimentos, mas sim com a preservação do sono: “Eu realmente não consigo dormir. Incomoda. Tem noites que ele precisa trabalhar cedo e eu também. Então, a gente faz isso e se adapta à realidade”.

Para a atriz Rosamaria Murtinho e o ator Mauro Mendonça, o distanciamento ao dormir não é apenas uma medida prática, mas também um aspecto essencial para um casamento saudável. “É mais saudável e ajuda a manter uma boa noite de sono”, afirmaram em entrevista. A decisão de dormir em camas separadas, ou até mesmo em quartos diferentes, ajuda a evitar conflitos decorrentes do sono interrompido, algo que afeta negativamente o humor e a disposição.

Outro exemplo de casal que adotou quartos separados é Sheron Menezzes, que se uniu ao lutador Saulo Bernard nessa prática após o nascimento do filho. A atriz conta que, apesar de dormirem juntos quando desejam, cada um tem seu próprio quarto: “A gente namora, vê filme, dá boa noite, e vai cada um para o seu canto”. Segundo Sheron, essa organização traz equilíbrio para o casal.

Especialistas explicam: como o sono e o ronco impactam a convivência

Conforme explica a otorrinolaringologista Letícia Reis, em entrevista ao IG Gente, o ronco, uma das principais razões para a escolha de quartos separados, ocorre quando há resistência na passagem do ar pelas vias aéreas. “Fatores como desvio de septo, aumento das amígdalas e adenoide, ganho de peso e até a posição de dormir podem intensificar o ronco”, pontua a médica.

Lourenço Muller, também médico especializado em otorrinolaringologia, destaca que o estilo de vida impacta muito nos casos de ronco. “Uma alimentação inadequada e o excesso de peso podem reduzir o espaço respiratório no pescoço, causando vibrações e, consequentemente, o ronco. Além disso, o consumo de álcool relaxa a musculatura do pescoço, contribuindo para o colapso das vias aéreas durante o sono”, aponta o médico.

Além de afetar a qualidade do sono, o ronco pode ter consequências na saúde e no relacionamento dos casais. Quando o cônjuge é constantemente interrompido pelo ronco, o sono se torna fragmentado, o que leva a cansaço e alterações no humor, como irritabilidade.

“O ronco é o som gerado quando o ar encontra resistência na via aérea. Se o ronco está insuportável para o cônjuge e prejudicando a vida a dois, o ideal é procurar um especialista antes de decidir pela separação de quartos”, completa.

Para pessoas que apresentam roncos posicionais, ou seja, que ocorrem principalmente quando dormem de barriga para cima, Letícia sugere uma solução simples: “Uma prática recomendada é costurar um bolso no pijama e encaixar uma bola de tênis nas costas. Isso faz com que a pessoa durma sempre de lado, reduzindo o ronco.”

“Temos opções para tratar as causas mais comuns, como desvio de septo ou hipertrofia dos cornetos, com tratamento clínico ou cirúrgico. A cirurgia para desvio de septo, por exemplo, pode liberar mais espaço para a respiração e reduzir significativamente o ronco”, explica Lourenço Muller.

Ele também ressalta que tratamentos mais avançados, como o uso do aparelho respiratório Cipap, são indicados em casos de apneia obstrutiva do sono, condição que causa paradas respiratórias e aumenta o risco de problemas cardiovasculares.

Para casais em que o ronco é uma questão pontual, Muller recomenda mudanças de estilo de vida: “A reeducação alimentar, a prática de atividades físicas, a diminuição do consumo de álcool e o controle de alergias podem ser eficazes para reduzir o ronco”.

Dormir em quartos separados: impacto emocional e conexão intencional

De acordo com Danilo Suassuna, doutor em Psicologia e professor na PUC-GO, a escolha de dormir em quartos separados pode ser vista como uma estratégia de cuidado com o relacionamento: “O casal, ao decidir por quartos separados, pode estar buscando manter a qualidade da convivência ao respeitar limites e preferências individuais. Essa decisão, quando comunicada com clareza e alinhada ao entendimento mútuo, tende a fortalecer o vínculo.”

Danilo também destaca que o ambiente de descanso é essencial para o bem-estar e, consequentemente, para a saúde da relação: “Quando o sono de um parceiro é prejudicado, o relacionamento pode se desgastar devido a fatores como irritabilidade e falta de paciência. Dormir bem não é apenas uma questão individual, mas algo que reflete no relacionamento como um todo.”

Além disso, Suassuna ressalta a importância de acordos para manter a intimidade: “O importante é que ambos os parceiros mantenham um compromisso com momentos de proximidade. Espaço físico não é o mesmo que afastamento emocional; é a qualidade da conexão que define a intimidade do casal.”

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