Representantes da sociedade civil entregam declaração do G20 Social ao presidente Lula


Documento sugere ações para reduzir problemas como a fome e a desigualdade no mundo. Presidente Lula fala no G20 Social
Reprodução/TV Globo
Representantes da sociedade civil entregaram hoje ao presidente Lula a declaração final do G20 Social, que terminou, hoje, no Rio. O documento sugere ações para reduzir problemas como a fome e a desigualdade no mundo.
O registro é pra deixar na memória um momento histórico: a participação no G20 social.
Foi a primeira vez que a conferência global deu voz à sociedade civil, e cada um aqui entendeu a importância de ser ouvido.
“São as pessoas ali que vão ser impactadas direta e indiretamente por todas as decisões tomadas, então nada mais justo que elas também possam ter uma voz e vez aqui nas pautas que serão debatidas”, diz a agente comunitária de saúde Marinalva da Conceição.
G20 Social
Reprodução/TV Globo
O G20 social foi uma inciativa inédita pra discutir e encontrar soluções pra temas relacionados à fome e pobreza, desigualdade social, mercado de trabalho, sustentabilidade.
As demandas globais viraram um documento de quatro páginas que foi entregue hoje ao presidente Lula, no encerramento do G20 Social. Ele representa a vontade coletiva por um mundo mais democrático, justo e diverso.
Os representantes de grupos da sociedade civil que ajudaram a elaborar esse documento lotaram a platéia. A declaração final foi lida por Mazé Morais, secretária de mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais e Agricultores.
“Em caráter de urgência e prioridade máxima, é imperiosa a adesão de todos os países do G20 e outros estados, à iniciativa da aliança global contra a fome e a pobreza”.
O documento entregue ao presidente Lula vai ser levado para os chefes de estado na cúpula do G20, que começa na segunda-feira.
Sugestões do documento
Entre as sugestões apresentadas, estão a criação de um fundo para financiar o combate à fome e garantir acesso de todos à alimentação adequada, trabalho decente (conforme os padrões da Organização Internacional do Trabalho), um fundo para proteger as florestas tropicais, como a Amazônia, a promoção da democracia e da participação da sociedade civil, e a taxação progressiva dos super-ricos.
“O quEste é um momento histórico para mim e um momento histórico para o G20. Ao longo deste ano, o grupo ganhou um terceiro pilar, que se somou aos pilares político e financeiro: o pilar social, construído por vocês”, disse o presidente Lula.
“Vou levar as recomendações contidas na declaração final que vocês me entregaram aos demais líderes do G20 e trabalhar com a África do Sul para que elas sejam consideradas nas discussões do grupo. Espero que esse pilar social do G20 continue nos próximos anos, abrindo cada vez mais nossas discussões para o engajamento da cidadania.”
Cúpula do G20
G20 Brasil 2024
Reprodução/TV Globo
Um dos primeiros resultados do G20 social veio do Banco Interamericano de Desenvolvimento.
O BID anunciou que vai oferecer até US$ 25 bilhões, o equivalente a R$ 140 bilhões, para apoiar políticas e programas para acabar com a fome e a pobreza no mundo, e quer assegurar que pelo menos 50% dos novos projetos aprovados beneficiem mulheres, afrodescendentes e populações indígenas.
A partir de segunda-feira, as atenções se voltam para a cúpula do G20, na reunião de chefes de Estado de 19 países e mais a União Europeia, a União Africana, além de instituições internacionais.
Hoje, o presidente Lula teve a primeira reunião bilateral do G20. Foi com o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Na pauta, a programação da reunião de líderes. O Rio vai receber 55 delegações de 40 países. Antes de encerrar o dia, o presidente Lula ainda participou do Festival Aliança Global. No palco, grandes nomes da música brasileira na luta contra a fome e a pobreza.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.