BID contribuirá com até US$ 25 bi para aliança de Lula contra a fome

Letreiro do G20 em frente ao Museu de Arte Moderna do Rio (MAM), a sede da cúpula no Rio de Janeiro, em 14 de novembro de 2024PABLO PORCIUNCULA

Pablo PORCIUNCULA

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou nesta sexta-feira (15) que disponibilizará até 25 bilhões de dólares (145 bilhões de reais) para financiar programas e políticas da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que será lançada pelo Brasil na próxima semana durante a cúpula do G20.

Os recursos, disponíveis para os 26 países-membros do BID, serão destinados a iniciativas previstas na Aliança que busquem “acelerar o progresso no combate à pobreza e à fome entre 2025 e 2030”, indicou a entidade no comunicado.

“Como parte do compromisso, o BID garantirá que 50% dos novos projetos aprovados beneficiem diretamente os pobres, especialmente mulheres, afrodescendentes e populações indígenas, que são os mais impactados pela pobreza”, destacou.

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza foi idealizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a presidência rotativa do Brasil no G20 e reunirá países de todo o mundo, além de instituições internacionais.

Seu objetivo é mobilizar recursos financeiros para combater esses desafios e replicar projetos bem-sucedidos a nível local.

O BID aderiu oficialmente à Aliança nesta sexta-feira, durante o G20 Social, uma iniciativa de participação cidadã realizada no Rio de Janeiro, três dias antes do início da cúpula dos líderes das 20 economias mais poderosas do mundo.

O banco multilateral também destinará até 200 milhões de dólares (1,16 bilhão de reais) “não reembolsáveis” em assistência técnica para o desenvolvimento, implementação, avaliação, aprimoramento e ampliação de políticas e programas prioritários no âmbito da Aliança.

“Isso inclui, entre outras intervenções, programas de proteção social para crianças e famílias, acesso à água e outras infraestruturas básicas”, segundo o comunicado.

E também “investimentos em desenvolvimento da primeira infância e educação de qualidade, serviços de saúde e nutrição, ampliação de programas de merenda escolar, e apoio a pequenos agricultores”.

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