“Novo Trump”: conheça Ramaswamy, que irá governar ministério ao lado de Musk

Vivek Ramaswamy comandará o departamento do governo dos EUA AFP

Vivek Ramaswamy, um empresário bilionário e um dos nomes mais polêmicos da política americana recente. Ele ganhou os holofotes quando saiu vitorioso no primeiro debate de pré-candidatos republicanos à presidência dos EUA, em meados de 2023.

Logo após a surpreendente vitória, Ramaswamy desistiu da corrida eleitoral e declarou apoio à Trump. Filhos de indianos, ele surgiu como uma figura peculiar, anti-emigração e influente na ala ultraconservadora dos Estados Unidos

O empresário foi anunciado, nesta segunda-feira (12), foi anunciado por Donald Trump para chefiar o novo Departamento de Eficiência Governamental ao lado do empresário Elon Musk.

Nascido e criado no estado de Ohio, Ramaswamy fez sua fortuna no setor de biotecnologia, antes de se lançar na política com um discurso firme e ideais conservadores que defendem desde a proteção das fronteiras até a luta contra o que chama de “vitimismo” da juventude americana.

Trajetória de sucesso 

Com formação em biologia pela Universidade de Harvard, Ramaswamy construiu uma trajetória profissional ao fundar uma empresa de biotecnologia que o levou rapidamente ao status de bilionário. 

Em 2022, ele expandiu seus interesses e criou uma empresa de gestão de ativos. Mesmo admitindo que não gosta de política, Ramaswamy ingressou na vida pública em 2023, quando se lançou como pré-candidato do Partido Republicano à presidência dos EUA. Seu discurso ultraconservador e sua postura firme chamaram a atenção dos eleitores de direita, a ponto de ele ganhar o apelido de “novo Trump” devido à maneira combativa e intransigente com que abordou temas polêmicos. 

Ele defende políticas restritivas em questões de imigração e mudança climática e se opõe a direitos de minorias sociais, como:

Imigração: Mesmo sendo filho de imigrantes, Ramaswamy defende políticas de deportação para quem entra ilegalmente nos EUA e o fortalecimento das fronteiras. Essa postura rígida ressoa fortemente entre a base ultraconservadora.

Mudanças climáticas: Ramaswamy se opõe a qualquer política governamental de controle de emissões de carbono ou de combate às mudanças climáticas, acreditando que essas políticas representam um entrave para o crescimento econômico.

Direitos LGBTQIA+: Ele se posiciona contra leis que promovem os direitos da população trans, referindo-se à transexualidade como uma “doença mental”. Sua posição é eliminar qualquer legislação que amplie a proteção ou os direitos da comunidade trans.

Aborto: Ramaswamy classifica o aborto como assassinato e defende que os estados proíbam o procedimento a partir da sexta semana de gestação, ainda que não defenda uma proibição nacional.

“Anti-woke”: Ramaswamy é veementemente crítico do movimento “woke” (políticas de consciência das questões relativas à justiça social e racial) e lamenta o que chama de “mentalidade de vítima” na cultura americana atual. Ele se vê como um “outsider” e utiliza essa imagem para se conectar com a ala conservadora, que valoriza políticos que fogem dos padrões tradicionais.

Apesar de seu perfil conservador, Ramaswamy surpreende ao declarar sua paixão por rap, estilo musical associado ao Partido Democrata e aos movimentos progressistas. Quando era estudante em Harvard, chegou a fazer uma apresentação de rap no palco, e afirma que a conexão que sente com o gênero vem da percepção de que, assim como muitos artistas do gênero, ele também é um “outsider”( (excluído, em uma tradução livre). 

Após abandonar sua candidatura nas prévias presidenciais republicanas em 2023 e declarar apoio a Donald Trump, Ramaswamy agora reforça a ala conservadora com ideias fortes, um histórico empresarial e uma personalidade que desafia as convenções.

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