Quem são os Houthis, grupo que atacou porta-aviões dos EUA

Os Houthis, grupo paramilitar do Iêmen, atacaram um porta-aviões dos Estados Unidos e outras duas embarcações de guerra do país. O porta-voz do grupo, Yahya Saree, reivindicou a ação nessa terça-feira (12/11). Os Houthis atacaram, neste ano, outros navios no Mar Vermelho.

De acordo com Saree, o super-porta-aviões de propulsão nuclear USS Abraham Lincoln foi um dos alvos de mísseis e drones no Mar da Arábia. No Mar Vermelho, dois contratorpedeiros norte-americanos foram atingidos, informou o porta-voz.

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Grupo Houthis tem sede no Iêmen, que registrou explosões na madrugada desta sexta-feira (12/01)

No governo de Donald Trump, os Houthis passaram a ser classificados de grupo terrorista
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Resolução do Conselho de Segurança da ONU condena ataques de houthis no Mar Vermelho

Houthi Movement/Reprodução

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Grupo Houthis tem sede no Iêmen, que registrou explosões na madrugada desta sexta-feira (12/01)

Mohammed Hamoud/Getty Images

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No governo de Donald Trump, os Houthis passaram a ser classificados de grupo terrorista

Mohammed Hamoud/Getty Images

Fundado na década de 1990, o grupo Houthis atacou cerca de 60 embarcações na Faixa de Gaza, todas com supostas ligações com Israel ou países parceiros, em ações que alegam ter apoio do povo da Palestina.

No governo de Donald Trump, os Houthis passaram a ser classificados como grupo terrorista. Essa avaliação foi retirada pelo atual presidente, Joe Biden, em 2021. Contudo, após o aumento nas ações armadas dos rebeldes no Mar Vermelho, a administração Biden voltou a designá-los como terroristas, em janeiro deste ano.

Grupo político

Inicialmente fundada como grupo político, o nome da organização vem de Hussein Badr Eddin al-Houthi, que liderou a primeira revolta dos Houthis contra o então governo do Iêmen, no início dos anos 2000.

No início da década de 2010, os Houthis passaram a apoiar as manifestações contra o então presidente, Ali Abdullah Saleh, durante a Primavera Árabe. O político, que governou o Iêmen entre 1990 e 2012, não resistiu à pressão popular e deixou o cargo.

Com a queda do presidente que governou o Iêmen por mais de duas décadas, o país entrou em uma espiral de instabilidade e insegurança que abriu caminho para o início de uma nova investida dos Houthis em 2014.

O Iêmen está em guerra civil há cerca de nove anos.

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