SP registra o maior número de casos de coqueluche em dez anos; número é 16 vezes maior do que o registrado em 2023


Até 5 de outubro deste ano foram registrados 858 casos da doença, em 2023 foram 52. Segundo o painel de dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da vacina penta (DTp/HepB/Hib) no estado está em 87,42%, abaixo da meta de 95%. O que é coqueluche, doença que acendeu o alerta no Brasil e em países da Europa
O estado de São Paulo registrou, até o dia 5 de outubro deste ano, 858 casos e duas mortes por coqueluche. Esse número é o maior desde 2014, quando 2.216 pessoas foram diagnosticadas com a doença, sendo 46 casos fatais.
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O índice de 2024 também é 16,5 vezes maior do que o registrado no ano passado, quando 52 pessoas contraíram a infecção bacteriana. (Confira a série histórica na imagem abaixo).
Estado de SP registra maior número de casos de coqueluche nos últimos 10 anos
Reprodução/TV Globo
De acordo com a médica sanitarista da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, Melissa Palmieri, é comum que a bactéria causadora da coqueluche volte a apresentar um número maior de infecções após alguns anos.
“Existe um comportamento cíclico da circulação dessa bactéria. Na epidemiologia, mais ou menos de cindo a sete anos, ocorrem esses picos. Entretanto, nós tivemos na pandemia e quem tomou palco foi o vírus que ocasionou a covid e nesse momento teve um silêncio epidemiológico para vários agentes silenciosos, inclusive a bactéria Bordetella pertussis”.
A médica explica, também, que o surto não é exclusivo do Brasil.
“Agora, nós vemos no hemisfério norte surtos na Europa, também nos Estados Unidos, e no Brasil não é diferente de observar o aumento de casos relacionados a essa bactéria”, afirma. “E nem vacinação, nem a doença dão imunidade, por isso, esse comportamento e a importância de todos estarem prevenidos com relação a essa bactéria”.
Vacinação
Apesar de não garantir a imunidade contra a coqueluche, a vacinação é a melhor forma de prevenção da doença.
O imunizante é aplicado, primeiramente, na primeira infância e depois há reforços para adultos. Segundo o painel de dados do Ministério da Saúde, a cobertura vacinal da vacina penta (DTp/HepB/Hib) no estado está em 87,42%, abaixo da meta de 95%. A vacina dTpa Adulto, imunizante que é um reforço para a vacina contra a difteria, tétano e coqueluche, tem a taxa vacinal no estado de 59,43%, também abaixo da meta de 95%.
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