Pacientes cardíacos gostariam de receber mais orientações sobre sexo


Pesquisa divulgada pela Associação Americana do Coração mostra que somente 5% estão satisfeitos com a forma como o tema é conduzido pelos profissionais de saúde. A Associação Americana do Coração divulgou pesquisa, realizada com pacientes cardíacos, mostrando que, quando o assunto é sexo, há uma distância bem grande entre as orientações que recebem e as informações que gostariam de obter. Apesar de 78% afirmarem que queriam saber mais sobre saúde sexual, somente 5% se declaravam satisfeitos com a forma como o tema era conduzido pelos profissionais de saúde.
Médico com paciente pacientes cardíacos gostariam de receber mais orientações sobre sexo
Max para Pixabay
Foram entrevistados adultos entre 30 e 89 anos, com idade média de 65 anos, que apresentavam problemas como hipertensão, batimentos cardíacos irregulares e insuficiência cardíaca, ou que tinham tido infarto. Os tópicos que mais interessavam aos pacientes eram: efeitos colaterais dos medicamentos (60%); disfunção erétil (50%); o impacto nas relações sexuais (47%); ansiedade antes do sexo (35%); e dor durante o ato (13% das mulheres). Além disso, 76% dos participantes relataram que a saúde sexual estava relacionada ao seu bem-estar. Entre os homens, 65% disseram que a doença cardíaca prejudicava sua saúde sexual; entre as mulheres, o índice era de 35%.
Para Tiny Jaarsma, autora principal do trabalho e professora de enfermagem da Universidade de Linkoping, na Suécia, é fundamental que os profissionais de saúde se convençam da importância de o assunto fazer parte do tratamento: “perguntamos ao paciente se ele está com as vacinas em dia, se segue uma dieta saudável e se exercita, mas o sexo não integra esse roteiro, embora também seja um aspecto vital da saúde”.
Outro estudo relevante é sobre como o medo de ter outro infarto é uma das principais fontes de estresse dos sobreviventes. Apesar de ansiedade e depressão serem reconhecidas como condições associadas ao quadro após um ataque cardíaco, os pesquisadores acreditam que o sentimento de medo deveria ser abordado separadamente. As pessoas recrutadas, em média com 39 anos, haviam sofrido um infarto entre 2021 e 2022, e responderam a dois questionários: respectivamente, seis e oito meses depois do episódio. O levantamento mostrou que o medo de um outro ataque impactava significativamente a percepção que os indivíduos tinham da doença. Nesse prazo, o sentimento ainda era persistente, mesmo com medicamentos para controlar ansiedade e depressão.
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