Milito estabelece fim de rodízio após vice e já vira a chave para Brasileirão e Libertadores

Gabriel Milito orienta jogadores do Atlético à beira do campoFoto: Pedro Souza / Atlético

Chateado, mas não abatido. Foi assim que o técnico Gabriel Milito se mostrou após a derrota para o Flamengo e o consequente vice-campeonato da Copa do Brasil neste domingo (10), na Arena MRV. O treinador manteve a cabeça erguida e tratou de motivar o elenco para a final da Libertadores. Entretanto, o argentino já tomou uma decisão: o fim do rodízio.

“Senti a necessidade de trocar a equipe, rotacionar, porque precisávamos chegar com energia aos jogos da Copa do Brasil e da Libertadores. Agora terminou uma competição. Estamos no Brasileiro e na Libertadores e as rotações terminaram. Agora jogarão quem eu achar que deve jogar e que estão melhores para jogar. E esperamos que no Brasileiro todos os jogadores terão que ganhar a possibilidade de jogar a final. Quem jogará a final? Quem estiver melhor. Isso gera competição interna e não devemos agora pensar na final”, iniciou ele.

Apesar de o Galo ter uma segunda decisão pela frente ainda em novembro, Milito já ligou o alerta do elenco. Caso amargue um novo vice, só que na Libertadores, a equipe mineira estaria fora da próxima edição do torneio continental, já que ocupa apenas a 11ª colocação no Campeonato Brasileiro, com 41 pontos.

“Seguiremos pelo mesmo caminho que nos trouxe até aqui. A derrota gera dor, mas continua. Temos que pensar no jogo do Brasileirão primeiro e, com tempo e tranquilidade, nos preparar para a final da Copa Libertadores. Para isso lutaremos, trabalharemos para conseguir”, prosseguiu o comandante atleticano.

Milito valoriza elenco do Atlético

Por fim, Gabriel Milito assumiu a responsabilidade pelo insucesso diante dos cariocas neste domingo, em Belo Horizonte.

“Necessitávamos tentar romper a defesa do Flamengo. Tentamos por fora e por dentro, geramos muitos cruzamentos que não conectamos. Por isso, colocamos um centroavante no segundo tempo como Kardec para aproveitar a profundidade do Arana e do Scarpa, para ter bons cruzamentos. Depois, tentar assumir o controle da partida e no mano a mano”, disse, antes de concluir:

“Encontramos uma estrutura defensiva que nos impossibilitou (fazer gols). Assumimos mais riscos na etapa final, com o tempo passando, e isso supõe defender no campo rival, com jogadores rápidos e no mano a mano. É mais difícil atacar com a defesa toda fechada. Mas a responsabilidade é totalmente minha. Só minha. Porque o rival também joga, porque é um esporte, todos querem ganhar, mas só ganha uma. E hoje perdemos. Valorizo todo esforço e valentia da equipe. Além da derrota, com o valor que significa a derrota, estou muito orgulhoso dos jogadores pela forma com que competiram. Eles tentaram sempre. Para mim, isso é muito importante para o que vem”.

O Atlético soma 41 pontos, seis a menos que o rival Cruzeiro, que fecha o G7. O próximo compromisso do Galo será pelo Brasileirão e justamente contra o Flamengo, nesta quarta-feira (13), às 20h, no Maracanã, pela 33ª rodada. Para esse duelo pelo Brasileirão, Gabriel Milito deverá entrar com força máxima.

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