Mais de 60 mil pessoas moravam em favelas no Acre em 2022, mostra Censo


Dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram divulgados nesta sexta-feira (9) e mostram o quantitativo de favelas e de moradores nestas regiões em todo o Brasil. Rua Santa Terezinha, no bairro Seis de Agosto, uma das regiões consideradas como favela em Rio Branco pelo IBGE
Reprodução/Google Street View
Dados do Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foram divulgados na última sexta-feira (8), apontam que o Acre tinha 79 favelas distribuídas entre quatro municípios, sendo a capital Rio Branco, e os municípios do interior, Cruzeiro do Sul, Brasiléia e Epitaciolândia. Dos mais de 830 mil acreanos, pelo menos 8,2% moram em favelas.
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Ainda de acordo com o IBGE, as 79 favelas no Acre em 2022 ficaram dispostas da seguinte maneira:
Rio Branco: 47 favelas
Cruzeiro do Sul: 16 favelas
Brasiléia: 10 favelas
Epitaciolândia: 6 favelas
As favelas são diversas e heterogêneas em suas formas, tamanhos e tipos de construção. Ocupam morros, baixadas, praias, planaltos, alagados, mangues, beiras de rio e outras composições geográficas. Em todo o Brasil, a população que mora em favelas cresceu na última década e chegou a 16,4 milhões de pessoas, o equivalente a 8,1% do total de brasileiros.
No total, são 68.736 acreanos morando em favelas, sendo:
14.593 brancos
6.463 negros
140 amarelos
46.781 pardos (maior número)
759 indígenas
IBGE passa a chamar as favelas de favelas
Distribuídos entre os quatro municípios acreanos, a população que mora em favelas são correspondentes a:
3.854 em Brasiléia
14.687 em Cruzeiro do Sul
2.069 em Epitaciolândia
48.126 em Rio Branco
Veja abaixo a lista de localidades de Rio Branco consideradas favelas ou comunidades urbanas:
Ayrton Senna
Dom Giocondo
Preventório
Baixada da Cadeia Velha
Taquari
Triângulo
Cidade Nova
06 de Agosto
Canaã
Aeroporto Velho
Baixada da Habitasa
Adalberto Aragão
Alto Alegre
Areal
Belo Jardim
Caladinho
Casa Nova
Comara
Hélio Melo
Jardim Primavera
João Eduardo II
Laélia Alcântara
Morada do Sol
Nova Esperança
Palheiral
Geraldo Fleming
Bairro da Paz I
São Francisco I
São Sebastião
Sobral
Vitória
Invasão do Amapá
Invasão do Sabiá
Recanto dos Buritis
Ouricuri
Placas
São Francisco II
Joafra
Bairro da Paz II
LBA Vila Betel
Bahia
Boa União
Glória
Base
Quinze
Santa Inês
Vista Linda
Acesso à rede de esgoto é um dos critérios de avaliação no Censo do IBGE
Reprodução/Rede Amazônica Acre
Entre os estados da Região Norte com os maiores números de favelas, o Acre fica na frente apenas de Rondônia (74), Tocantins (39) e Roraima (10). Veja abaixo:
No Brasil, o topo do ranking das favelas está com a a favela da Rocinha, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, com 72.021 moradores; seguida da favela Sol Nascente, no DF, com 70.908 habitantes. Em terceiro, Paraisópolis, em São Paulo, com 58 mil moradores.
O IBGE explica que áreas de favela são regiões em que há:
Domicílios com graus diferenciados de insegurança jurídica da posse;
Ausência ou oferta incompleta e/ou precária de serviços públicos, como iluminação, água, esgoto, drenagem e coleta de lixo por parte de quem deveria fornecer esses serviços;
Predomínio de edificações, arruamento e infraestrutura geralmente feitos pela própria comunidade, seguindo parâmetros diferentes dos definidos pelos órgãos públicos;
Localização em áreas com restrição à ocupação, como áreas de rodovias e ferrovias, linhas de transmissão de energia e áreas protegidas, entre outras; ou de risco.
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