5 milhões devem perder desconto na academia, estimam empresas

Empresas do setor de vale-alimentação estimam que pelo menos 5 milhões de trabalhadores de carteira assinada perderão o desconto na academia como benefício trabalhista no próximo ano. No mês passado, o governo Lula proibiu o pagamento de assistência de saúde e atividade física a trabalhadores por meio dos incentivos fiscais do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

Estimativas internas de uma empresa desse mercado apontam que 6,6 milhões de trabalhadores perderão os benefícios nessa companhia para academia, farmácia, telemedicina e apoio psicológico a partir do ano que vem. Outros interlocutores desse setor avaliam que, em todo o mercado, ao menos 5 milhões perderão o desconto na academia.

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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficiente

De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentárias
Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como a musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga são indicadas para fortalecer ossos e músculos
Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, auxilia no aumento da energia, e melhora o humor e o sono
Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por, ao menos, meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetes
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Exercícios que fortalecem os ossos e os músculos são essenciais para evitar doenças e demais problemas de saúde. Além de melhorar o equilíbrio, exercitar-se ao menos duas vezes por semana é um dos segredos para prolongar a expectativa de vida e envelhecer melhor

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Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Tohoku, no Japão, mostra que entre 30 e 60 minutos de exercícios de fortalecimento muscular por semana é o suficiente

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De acordo com os resultados da pesquisa, o risco de morte prematura entre as pessoas que se movimentam é entre 10% e 17% menor do que o verificado em pessoas sedentárias

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Exercícios que utilizam o peso do próprio corpo, como a musculação e a prática de esportes, são algumas das recomendações. Além disso, atividades como Tai chi e ioga são indicadas para fortalecer ossos e músculos

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Manter o corpo ativo ajuda ainda a melhorar resultados da menopausa, de períodos pós-operatório e pode ajudar a prevenir fraturas nos ossos, por exemplo. Além disso, auxilia no aumento da energia, e melhora o humor e o sono

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Segundo especialistas, pessoas que se exercitam por, ao menos, meia hora na semana demonstram redução do risco de morte, doenças cardíacas e câncer. Uma hora semanal de atividades de fortalecimento muscular também foi relacionada à diminuição do risco de diabetes

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A massa muscular e óssea do corpo humano atinge o pico antes dos 30 anos. A partir dessa idade, começa um decaimento natural, ou seja, indivíduos que começam a se exercitar na juventude terão aumento da força óssea e muscular ao longo da vida

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Pessoas que se exercitam depois dos 30 anos reduzem a queda natural do corpo, conseguem preservar a força óssea e muscular e vivem muito melhor

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Para esses interlocutores, a medida do governo vai pressionar os cofres públicos, principalmente por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). O Brasil é o quinto país mais sedentário do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde, o que tende a piorar sem o desconto na academia a milhões de trabalhadores. As filas do SUS também devem aumentar com a retirada da telemedicina para esses funcionários.

Como a renda média do trabalhador brasileiro com carteira assinada é de R$ 2,9 mil, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é esperado que boa parte dos beneficiários não tenha condição de pagar os benefícios à parte, sem os incentivos do governo dado às empresas por meio do PAT.

O mesmo raciocínio é aplicado às pequenas e médias empresas, maior parte dos contratantes do país, que não terão recursos para seguir bancando os benefícios, atualmente usados para atrair e reter funcionários.

No último dia 10, o Ministério do Trabalho vetou incentivos a quaisquer benefícios pagos aos trabalhadores de carteira assinada que não estejam diretamente relacionados à alimentação. Isso retira da cesta benefícios como telemedicina, desconto na academia, desconto na farmácia e apoio psicológico. A mudança acontecerá na prática a partir dos próximos meses, conforme o vencimento dos contratos atuais entre as empresas de vale-alimentação e as empresas empregadoras.

Procurado, o ministério afirmou que as mudanças visam a “restaurar o propósito original do Programa de Alimentação do Trabalhador”.

“Serviços adicionais, como telemedicina, apoio psicológico e acadêmico, embora importantes para a qualidade de vida, não estão diretamente relacionados à Segurança Alimentar e Nutricional e, por isso, deixam de ser contemplados pelo PAT. A medida garante que os incentivos fiscais associados ao programa sejam aplicados exclusivamente para benefícios alimentares”, afirmou a pasta, acrescentando que os incentivos fiscais devem ser aplicados exclusivamente a benefícios alimentares.

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