Alemanha vive crise política com o fracasso do governo de coalizão; entenda


O primeiro-ministro Olaf Scholz sofre pressão de políticos e eleitores para antecipar eleições. Alemanha pode ter eleições antecipadas
A maior economia da Europa, a Alemanha, está atravessando uma crise política. Políticos e eleitores querem que o primeiro-ministro Olaf Scholz antecipe as eleições.
A Alemanha, país chamado de locomotiva da Europa, está fora dos trilhos. À crise da maior economia do continente, se somou uma crise política. Com o fim da coalizão que sustentava o governo do primeiro-ministro Olaf Scholz, no poder desde 2021, 65% dos alemães defendem eleições imediatas. Scholz sugeriu realizar um voto de confiança no Parlamento em janeiro de 2025. Se ele perder, convocaria novas eleições até março.
Mas o principal líder da oposição, Friedrich Merz, nesta sexta-feira (8) chamou o primeiro-ministro de irresponsável. O líder dos democratas cristãos exige que a primeira votação ocorra, no mais tardar, na próxima semana. E as eleições gerais, em janeiro.
O colapso da coalizão ocorreu em um momento muito difícil, com a população alemã com salários menores, consumindo menos.
Na quarta-feira (6), Scholz demitiu o ministro das Finanças, Christian Lindner, do Partido Liberal Democrático. Lindner havia proposto uma reforma com cortes de impostos e de benefícios sociais, rejeitada pelos outros dois partidos da coalizão. O Verde e o social-democrata de Scholz preferem que o governo gaste mais para modernizar a indústria e adotar energia limpa.
Alemanha vive crise política com o fracasso do governo de coalizão
Reprodução/TV Globo
O novo ministro da Economia, Robert Habeck, do Partido Verde, já se lançou candidato a substituir o primeiro-ministro. Enquanto Scholz fez um apelo para que as cabeças frias prevaleçam.
A crise política piorou logo depois das eleições americanas. E os analistas afirmam que não foi por acaso. O temor é de uma guerra comercial entre Europa, China e Estados Unidos.
A crise da Alemanha preocupa toda a Europa. A Itália, por exemplo, vende a maioria dos seus produtos para a Alemanha – sejam máquinas, vinho ou macarrão – e teme uma queda significativa no consumo.
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