Empresário suspeito de matar irmão e advogada por causa de herança teve ajuda de filho e funcionário, diz polícia


Além de Carlos Salomão, delegado obteve na Justiça mandados de prisão de mais dois envolvidos. Para investigadores, Rogério Salomão e Lilian Cláudia Jorge foram executados e crime foi premeditado. A Polícia Civil confirmou nesta sexta-feira (8) que obteve na Justiça mandados de prisão temporária de mais dois suspeitos de participação na morte a tiros do empresário Rogério Salomão, de 52 anos, e a advogada dele, Lilian Claudia Jorge, de 50 anos, em Jardinópolis (SP), no dia 30 de outubro.
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Em nota, as autoridades informaram que o empresário Carlos Salomão – irmão de Rogério, principal suspeito do crime e foragido da polícia desde o dia 1º deste mês – contou com a ajuda do filho Bruno Carlos Orioli Salomão e do funcionário Wagner Queiroz do Nascimento para matar as vítimas em razão de uma disputa familiar por herança.
O empresário Rogério Salomão, de 52 anos, e a advogada Lilian Claudia Jorge, mortos a tiros em Jardinópolis, SP
Reprodução/ EPTV
Para a Polícia Civil, o empresário e a advogada foram executados e o crime foi premeditado.
“Trata-se de crime hediondo, com situação fática gravíssima, em que uma das vítimas estava em pleno exercício da advocacia.”
Os três suspeitos não tinham sido presos até a última atualização desta notícia e são considerados foragidos. Bruno e Wagner ainda não tinham advogados constituídos nesta sexta-feira, de acordo com a Polícia Civil.
A defesa de Carlos Salomão informou que não tinha tido acesso ao processo investigativo e que seria prematuro apresentar um posicionamento.
Carlos Salomão e Rogério Salomão
Arquivo pessoal
Rogério e a advogada foram mortos em 30 de outubro em um galpão de um supermercado desativado que pertenceu ao pai de Rogério e Carlos, o empresário Márcio Salomão, que morreu em 2022.
As vítimas estavam no local para receber de Carlos a chave do imóvel e firmar termos de entrega do galpão e de vistoria de saída, mas, por volta das 10h30, foram baleadas por cerca de 15 disparos de arma de fogo. Elas foram levadas ao pronto-socorro, mas não resistiram.
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As mortes ocorreram em meio a uma disputa entre os irmãos pela herança deixada pelo pai. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Sebastião Vicente Picinato, a briga era marcada por ameaças dos envolvidos.
Galpão de supermercado onde empresário e advogada foram mortos em Jardinópolis, SP
Jefferson Neves/EPTV e arquivo pessoal
Crime foi planejado, diz polícia
Segundo a Polícia Civil, Bruno, que é filho de Carlos Salomão, cuidava dos negócios da família e na data do crime foi quem chegou primeiro ao local para abrir o galpão para Rogério, seu tio, e Lilian.
Ele estacionou um veículo prata e entrou com o empresário e a advogada, que “já foi lhe mostrando a documentação necessária para assinatura e desocupação formal do prédio.”
Depois de dez minutos, segundo os investigadores, Carlos Salomão e Wagner chegaram em uma caminhonete, estacionaram e entraram no galpão, onde, logo depois, Rogério e Lilian foram baleados por armas de calibre 9 milímetros e 380.
“Dentro do imóvel estavam apenas as duas vítimas e os três suspeitos, tendo permanecido por cerca de cinco minutos, momento em que, aos fundos do galpão, numa ala descoberta, houve dezenas de disparos de armas de fogo.”
Polícia Científica recolheu cápsulas de calibre 9 milímetros e 380 de galpão onde empresário e advogada foram mortos em Jardinópolis (SP)
Reprodução/EPTV
Depois disso, a Polícia Civil informa ter apurado que Carlos e Bruno deixaram o galpão e fugiram em uma caminhonete, assim como Wagner, que fechou a porta do imóvel e fugiu no veículo prata até então usado por Bruno.
“Tais fatos não restam dúvida de que tratou-se de execução, previamente ajustada entre os autores, motivada em decorrência da disputada de posse do imóvel, bem como de direitos referente ao uso e imagem da marca do supermercado da família, além de desavenças preexistentes por direitos hereditários”, informou a Polícia Civil.
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