
A semana foi marcada por ganhos expressivos no mercado brasileiro, enquanto o cenário externo seguiu com incertezas geopolíticas e sinais mistos da economia global. O Ibovespa acumulou alta superior a 5 mil pontos em dois dias, impulsionado pelo setor financeiro e pelas mineradoras, enquanto o dólar registrou forte queda frente ao real.
Mercado: Inflação dos EUA no radar
Nos Estados Unidos, os dados de inflação vieram ligeiramente abaixo das expectativas, trazendo novas apostas para um corte de juros em setembro pelo Federal Reserve. No entanto, Marco Prado avalia que ainda é prematuro prever um corte de 0,75 p.p., pois o banco central americano segue monitorando os dados econômicos.
No campo político, Donald Trump voltou a defender tarifas comerciais sobre diversos setores, incluindo vinhos e champanhes canadenses, o que afetou ações de empresas francesas. O conflito entre Rússia e Ucrânia segue sem cessar-fogo, enquanto a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, demonstrou preocupação com os impactos inflacionários dessas medidas protecionistas.
Na China, o mercado reagiu com forte alta no último pregão da semana, impulsionado por expectativas de novos estímulos econômicos após a reunião do Banco do Povo Chinês. Durante a semana, porém, a bolsa chinesa oscilou, refletindo as incertezas sobre o crescimento econômico do país.
Brasil no destaque positivo: bolsa dispara e dólar derrete
O mercado brasileiro teve um dos melhores desempenhos globais na semana, com o Ibovespa registrando alta expressiva e o dólar recuando fortemente. O setor financeiro liderou os ganhos, impulsionado pela decisão do governo de reduzir o crédito consignado, o que beneficiou diretamente os grandes bancos.
O setor de siderurgia e mineração também teve um movimento positivo, com o mercado reagindo à notícia de que a China pode aumentar seus estoques de minério de ferro, favorecendo mineradoras ao redor do mundo.
Apesar do forte otimismo, Marco Prado alerta que o risco fiscal segue como um ponto de atenção, especialmente com a votação do orçamento de 2025 prevista para a próxima quarta-feira.
De olho Superquarta
O mercado agora volta as atenções para a Superquarta, quando os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos divulgarão suas decisões de política monetária. Para Marco Prado, mais do que o corte de juros já esperado, o grande foco será o tom do comunicado, que pode dar sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve e do Banco Central brasileiro.
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