Médico investigado por injúria contra auditora na BA recebe habeas corpus


Caso aconteceu em uma maternidade da cidade de Itabuna, no sul do estado. Idoso chegou a ser condenado e foi preso Justiça concede habeas corpus ao médico Luiz Leite na Bahia
O médico obstetra preso por suspeita de injúria contra uma auditora que prestava serviço para a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), em Itabuna, no sul do estado, recebeu um habeas corpus nesta segunda-feira (4), após ser preso novamente pelo crime.
Luís Leite está no Conjunto Penal da cidade desde o dia 24 de outubro, quando teve uma sentença da Justiça da Bahia cumprida na casa onde morava. Segundo a advogada Linda Andrade, que faz a defesa do médico, ele deve ser solto na terça-feira (5).
Conforme divulgou a advogada ao g1, a mesma decisão que deu liberdade a Luís Leite também definiu mais tempo para que o suspeito recorra em liberdade no caso. A sentença inicial será desconsiderada.
Entenda o caso
O caso aconteceu no dia 21 de fevereiro deste ano. Na denúncia, a auditora, que é uma mulher negra, disse que o obstetra falou que ela era bonita por ter “sangue branco”.
O caso aconteceu durante uma auditoria na Maternidade Otaciana Pinto, onde médico estava de plantão. “A vítima diz que trata-se de uma frase racista, ela estava no hospital quando foi abordada por esse médico, elogiando a cor da pele e afirmando que se ela tem uma pele bonita é porque ela tem sangue de branco”, disse a delegada Lisdeili Nobre, que investiga o caso.
Ainda segundo a delegada, a auditora citou na denúncia outra frase que o obstetra teria dito na mesma situação.
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“Você já viu alguém com pele preta ser bonita assim? Então, afirmo que se você é bonita é porque você tem sangue branco”, detalhou Lisdeili Nobre.
Obstetra é preso em flagrante por suspeita de racismo em Itabuna
Reprodução/TV Santa Cruz
No dia 23 do mesmo mês, o suspeito foi solto pela primeira vez, após passar por audiência de custódia e pagar fiança de R$ 14.120, valor de 10 salários mínimos.
Desde o início, a defesa do médico nega que houve o crime. De acordo com a advogada de defesa do médico, Luís Leite apenas “avistou a moça” e “fez um elogio para o colega de trabalho dele”.
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“Ele comentou que a moça era bonita, tinha a pele bonita. Ele, em momento algum, dirigiu a palavra pra moça ou dirigiu esse elogio pra suposta vítima”, relatou.
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