Polícia investiga denúncia contra delegado acusado de agredir mulher em boate de Curitiba


Caso aconteceu na madrugada desta sexta-feira (1º), no Batel. Defesa de Daniel Prestes Fagundes diz que as alegações são infundadas e que a verdade aparecerá na investigação. Marca das agressões que vítima relata ter sofrido
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A Polícia Civil do Paraná investiga denúncia de agressão contra uma mulher em uma boate de Curitiba pelo delegado Daniel Prestes Fagundes. O caso foi registrado na madrugada da última sexta-feira (1º) no bairro do Batel.
O Boletim de Ocorrência registrado pela vítima naquela madrugada na Delegacia da Mulher cita que ela é garota de programa e que, conforme relatou à polícia, por volta de 1h30, foi agredida pelo delegado com um copo de bebidas, seguido de garrafas e de um copo de vidro.
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Ao g1, a vítima disse que prefere não ser identificada.
“Após a vítima tentar se defender, entraram em luta corporal, sendo a vítima derrubada no chão, lesionando-lhe o braço direito e as costas com maior evidência e, também, quebrando-lhe um dos dentes”, diz trecho do boletim.
Marcas das agressões que vítima relata ter sofrido
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Fagundes é o atual diretor Financeiro da Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná (Adepol-PR). De acordo com a Polícia Civil, o servidor não está atuando na corporação por estar trabalhando na entidade de classe.
Segundo o documento, a mulher disse que o delegado lançou uma cadeira de madeira na direção dela, mas que um dos seguranças da casa entrou na frente e acabou sendo atingido.
Ainda de acordo com o relato da vítima à polícia, registrado no boletim, o delegado a xingou e a ameaçou dizendo, segundo ela, “eu vou dar um tiro aqui”.
O boletim de ocorrências diz também que o delegado não estava armado no momento por causa de uma regra da boate, mas que, na sequência, ele foi até o estacionamento onde estava o carro dele para buscar a arma.
“Se não fosse contido pelos seguranças, poderia ter realizado um mal maior. Insta salientar que, o que causa maior temor na vítima é o fato de que o autor ocupa um cargo que lhe autoriza o porte de arma de fogo, bem como a frequente presença do mesmo no ambiente de trabalho da noticiante”, cita trecho do boletim.
Vítima diz ter quebrado parte do dente ao ser agredida
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O documento afirma que a mulher pediu uma medida protetiva contra o delegado. Porém, a Justiça negou o pedido argumentando que o caso não configura violência doméstica nos termos previstos na Lei Maria da Penha, citando que o episódio não aconteceu “no âmbito doméstico e familiar ou decorrente de relacionamento íntimo”.
Em nota, a defesa do delegado disse que as alegações são infundadas e que a verdade será revelada na investigação. A manifestação diz que Fagundes está à disposição das autoridades.
A RPC procurou a boate onde o caso aconteceu e a Adepol para que se manifestassem sobre o episódio, mas ainda não recebeu uma resposta.
Ao confirmar que o caso está em investigação, a Polícia Civil disse também, em nota, ter expedido guia para exame pericial médico legal, bem como foi realizado auto de constatação de lesões. A corporação disse que a investigação segue o curso normal para oitiva de suspeito e testemunhas.
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