Trump ameaça aplicar tarifas que podem triplicar preços de bebidas alcoólicas importadas da UE


A guerra tarifária do presidente Donald Trump provoca instabilidade nos mercados e pode elevar os preços ao consumidor. Para estimular a economia, o governo decidiu atacar em outra frente: o meio ambiente. Trump ameaça taxar em 200% bebidas alcoólicas da União Europeia
Donald Trump ameaçou aplicar tarifas que podem triplicar os preços de bebidas alcoólicas importadas da União Europeia.
O brinde com o espumante mais famoso do mundo pode ficar mais caro para os americanos. O presidente Donald Trump ameaçou nesta quinta-feira (13) taxar em 200% o champanhe, o vinho e outras bebidas alcoólicas fabricadas na União Europeia. Uma resposta à taxação de produtos americanos pelo bloco de 27 países.
As taxas europeias incidem sobre produtos que são orgulho nacional para os Estados Unidos, como o whiskey do Kentucky e as motocicletas. Essa taxação do bloco vai entrar em vigor em 1º de abril. Na segunda etapa, duas semanas depois, produtos agrícolas e outros bens industriais americanos também serão alvos de tarifas. Tudo isso é uma retaliação às tarifas de 25% impostas por Trump, na quarta-feira (12), ao aço e ao alumínio de todos os países, inclusive os da Europa.
Os Estados Unidos são o maior comprador de champanhe do mundo – adquirem 16% da produção francesa. Mas o ministro do Comércio Exterior da França, Laurent Saint-Martin, avisou que não vai recuar. Em uma rede social, postou:
“Trump dobrou a aposta da guerra comercial que decidiu iniciar. Não cederemos às ameaças e sempre protegeremos nossos setores”.
Trump ameaça aplicar tarifas que podem triplicar preços de bebidas alcoólicas importadas da UE
Jornal Nacional/ Reprodução
Nesta quinta-feira (13), o Canadá entrou com uma queixa na Organização Mundial do Comércio para contestar as tarifas americanas. A China reafirmou que as taxas violam regras internacionais. A porta-voz do Ministério do Comércio chinês disse que as tarifas não vão salvar a indústria doméstica dos Estados Unidos:
“Vão apenas destacar o unilateralismo e o protecionismo”, afirmou.
A guerra comercial foi uma das preocupações do Congresso Nacional Popular da China, evento anual que terminou essa semana e reuniu milhares de políticos. Mesmo com a incerteza sobre as tarifas, o congresso aprovou a meta ambiciosa de crescimento econômico proposta pelo governo de 5% para 2025. Durante o congresso, o ministro do Comércio afirmou:
“Se os Estados Unidos seguirem pelo caminho errado, lutaremos até o fim”.
Até mesmo a montadora de carros elétricos do bilionário Elon Musk, aliado de Trump, fez um apelo às autoridades dos Estados Unidos. Em uma carta para o governo enviada na terça-feira (11) e obtida pela imprensa nesta quinta-feira (13), a Tesla pediu que produtores não sejam injustamente atingidos pelas medidas comerciais e afirmou que elas podem resultar em tarifas proibitivas sobre componentes que empresas americanas precisam importar.
Trump ameaça aplicar tarifas que podem triplicar preços de bebidas alcoólicas importadas da UE
Jornal Nacional/ Reprodução
A guerra tarifária do presidente Donald Trump provoca instabilidade nos mercados e pode elevar os preços ao consumidor. Para estimular a economia, o governo decidiu atacar em outra frente: o meio ambiente. O chefe da Agência de Proteção Ambiental americana, Lee Zeldin, fez o anúncio em uma rede social e disse:
“Estou feliz em anunciar o maior ato de desregulamentação da história dos Estados Unidos. Vamos rever 31 regras que sufocam quase todos os setores da nossa economia”.
Entre as medidas estão a suspensão dos limites de emissão de poluentes nos setores de energia e para os automóveis. Juntos, os setores de energia e transportes representam mais da metade das emissões de gases do efeito estufa dos Estados Unidos. A queima de combustíveis fósseis é o fator que mais contribui para as mudanças climáticas. O aumento da exploração desses combustíveis, como o petróleo e o gás, foi uma promessa de campanha que virou grito de guerra do presidente: “Perfure, baby, perfure”.
LEIA TAMBÉM
Guerra comercial: EUA começam sobretaxar todos os países
Brasil classifica taxação americana como injustificável e equivocada
Adicionar aos favoritos o Link permanente.