Após eleito, Mabel diz que vai reduzir fila de espera de Cmeis e colocar motos nos corredores de ônibus nos primeiros dias de governo


Sandro Mabel venceu a disputa contra Fred Rodrigues ao obter mais de 353 mil votos. Ele venceu em todas as nove zonas eleitorais de Goiânia. Sandro Mabel (União Brasil) eleito prefeito de Goiânia em 2024
Diomício Gomes/O Popular
Após ser eleito prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União) deu uma entrevista à TV Anhanguera nesta segunda-feira (28) onde disse que vai fazer convênios para reduzir a fila de espera dos Centros Municipal de Educação Infantil (Cmeis) logo nos primeiros 100 dias de governo.
“Essas crianças não podem esperar. Vou fazer convênios com outros tipos de creches. Vamos ao Tribunal de Contas ver qual o tipo de contrato emergencial podemos fazer para que possamos, nos primeiros 100 dias de governo, colocar o maior número de crianças”, disse.
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Na entrevista, Mabel ainda afirmou que vai colocar em prática logo no dia 2 de janeiro de 2025 a proposta de colocar os motociclistas para trafegar nos corredores dos ônibus nas vias da capital.
O segundo turno das eleições para prefeito em Goiânia aconteceu no domingo (27). Sandro Mabel venceu a disputa contra Fred Rodrigues ao obter mais de 353 mil votos. Ele venceu em todas as nove zonas eleitorais de Goiânia.
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Educação
Durante a entrevista, Mabel comentou sobre a sua promessa de campanha de zerar as filas de esperas dos Cmeis, que contam com mais de 10 mil crianças. O prefeito eleito afirmou ter várias ideias para solucionar este problema. Logo de cara ele menciona o convênio com creches particulares para abrigar alguns dos alunos.
“Temos mapeadas em torno de 7 mil vagas já que podem ser colocadas [em outros tipos de creche]. O objetivo é colocar 9 mil. Não sei se vamos conseguir colocar as 9 mil imediatamente, porque tem lugar que vai sobrar vaga, tem lugar que vai faltar vaga”, explicou.
“Vai ser o maior número de crianças colocadas de uma vez só”, declarou.
Ele ainda falou sobre a possibilidade de ampliar Cmeis já existentes com a construção de novas salas de aula.
“Tem alguns cmeis que também podem ser ampliados. Tem área para serem ampliados e tem demanda também. Isso fica mais fácil. É mais fácil ampliar Cmeis, fazer uma sala de aula, inclusive com containers”, completou.
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Trânsito
Ao mencionar o que pretende colocar em prática na área do trânsito, Sandro Mabel declarou que, a partir do dia 2 de janeiro, sua proposta de colocar os motociclistas para trafegar nos corredores dos ônibus nas vias da capital entrará em vigor. Para isso, antes de colocar em prática, quer fazer uma campanha de esclarecimento de como a proposta deve funcionar.
“Nós vamos preparar uma campanha para isso, de esclarecimento. Quero ver se a gente consegue fazer ela em dezembro ou então vamos entrar [com as motos nos corredores] a partir do dia 15 para ter 15 dias de [orientações]”, afirmou.
Ele explicou que, para que isso seja colocado em prática, algumas adaptações devem ser feitas no trânsito.
“Tem algumas adaptações que se tem que fazer na malha [viária], então pode ser que alguns corredores de ônibus, num primeiro momento, não possam entrar motos, como por exemplo o BRT. Ele tem poucas saídas, então tem que adequar para a moto poder andar lá. Na maioria, dia 2 de janeiro vão estar andando nos corredores de ônibus”, esclareceu.
Sandro Mabel ainda falou sobre as conversões à direita e disse que quer colocá-las em prática a partir de março.
“Essa depende de uma campanha mais explicativa, porque pedestre também tem que entender, e a sinalização. São 532 cruzamentos, a princípio, que iremos fazer. Logicamente não vamos conseguir fazer todos eles imediatamente, mas vamos fazendo ele para que em março já seja possível virar à direita”, pontuou.
O prefeito eleito ainda disse que irá retornar com as fiscalizações eletrônicas na cidade.
“Hoje se vê um abuso de velocidade muito grande, então tem que ter a fiscalização eletrônica. Ela é normal e vai continuar existindo”, finalizou.
Outras ações
Logo após ser eleito, Sandro Mabel afirmou que começaria a transição entre a futura gestão e a atual, de Rogério Cruz (Solidariedade), já nesta segunda-feira (28). Na entrevista, ele afirmou já ter conversado com Rogério Cruz e que o atual gestor da cidade teria sido receptivo. “O prefeito Rogério sempre foi gentil comigo. Ele está aberto e disposto”, declarou Mabel.
“O que puder ser feito ainda dentro do mandato do prefeito Rogério, nós vamos tentar fazer. Por exemplo, nós temos aí esse projeto da iluminação, foi feito uma PPP (parceria público-privada), nós vamos analisar o contrato e se a empresa precisar de uma garantia que o próximo prefeito vai manter o contrato ou não, nós estaremos mantendo para eles começarem desde já”, garantiu.
Para iniciar a transição, Mabel disse que consolidou um comitê de transição com 12 pessoas. Seu objetivo é mapear todas as áreas da cidade e identificar os problemas mais urgentes para que eles já sejam resolvidos nos primeiros dias de governo.
Na área da saúde, por exemplo, Mabel afirmou que só vai agir quando tiver um “diagnóstico” de qual a real situação e o que pode ser feito. Ele conta com o apoio financeiro do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
“O governador tem nos falado que tem disposição para ajudar a Goiânia neste início que está colapsado. Tem que ter o dinheiro para se sustentar e ela tem, é uma questão de gestão. Talvez nesse primeiro momento eu vou conversar, tenho conversado com alguns fornecedores. Essa dívida para trás nós vamos parcelar, vamos negociar ela e parcelar”, afirmou.
Drenagem urbana
Durante o domingo (27) em que Mabel foi eleito, uma chuva surpreendeu os goianienses e alagou várias ruas, deixando carros ilhados. Questionado sobre como pretende solucionar esse problema da capital, Mabel disse que vai focar na prevenção.
“O prefeito Rogério Cruz encomendou para a UFG um estudo grande sobre esse problema de drenagem urbana. Nós vamos aproveitar esse estudo dele e vamos atrás desse recurso”, afirmou.
Também segundo o prefeito eleito, outra intenção sua é modernizar a drenagem urbana de Goiânia. “Nós temos bueiros entupidos, nós temos uma série de coisas, mas a cidade ficou com muita permeabilidade, e a drenagem tem que ser feita em sistema diferente, mais moderno. Não são só galerias que levam para desaguar dentro de um rio, você tem que ter poços de absorção para você ir abastecendo o lençol freático”, disse Mabel.
Pagamento de servidores públicos
Mabel admitiu estar com medo da folha de pagamento dos servidores públicos de Goiânia. Ele disse que esse é mais um dos pontos que serão analisados durante a transição.
“A folha de pagamento de novembro tem que pagar o prefeito atual, a de dezembro tem que passar o dinheiro no caixa para pagar a folha que foi gasta durante o mês. Eu espero que esse dinheiro exista. Aparentemente, ele não vai existir. Tudo isso nós vamos ver na transição e ver como é que nós podemos equacionar esses assuntos”, disse.
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