PC realiza 2ª etapa de operação que investiga advogados por se apropriarem de valores que clientes recebiam em ações judiciais


Na manhã deste sábado (26) foram apreendidos no escritório de advocacia dos investigados, em Caratinga, dois computadores e diversos documentos, como procurações, declarações, contratos de honorários e notadamente, recibos, todos em branco, apenas com a assinatura dos clientes. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Caratinga
Polícia Civil/Divulgação
A Polícia Civil cumpriu três mandados de busca e apreensão na manhã deste sábado (26), em Caratinga, durante realização da segunda etapa da operação “Provérbios 21:6”. A ação investiga dois advogados que são suspeitos de cometerem crimes de apropriação indébita majorada e organização criminosa.
“Conforme apurado, o centro de advocacia dos investigados funcionava como um verdadeiro ‘escritório do crime’, uma vez que captava vítimas desde 2008 para ações previdenciárias. No entanto, ao invés de agir para garantir os direitos das vítimas, os suspeitos se apropriavam dos valores que as mesmas recebiam nos processos judiciais, levantando os alvarás sem repassar os valores devidos”, explicou o delegado da Polícia Civil, Almir Fraga Lugon.
Na manhã deste sábado (26) foram apreendidos no escritório de advocacia dos investigados dois computadores e diversos documentos, como procurações, declarações, contratos de honorários e notadamente, recibos, todos em branco, apenas com a assinatura dos clientes.
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Ainda de acordo com a PC, foi verificado em várias pastas que os suspeitos colhiam assinaturas dos clientes em recibos, contratos de honorários e declarações em branco, o que possibilitava que eles fizessem o preenchimento de valores e demais informações como quisessem, para aparentar transparência e parecer que os valores que os clientes teriam direito já teriam sido pagos.
Na casa do investigado, a polícia encontrou um documento com anotações de medidas de segurança para ocultação de arquivos, monitoração da polícia e um plano de fuga.
Segundo a PC, várias vítimas procuraram a polícia ao descobrirem que os advogados se apropriaram dos valores das ações judiciais nas causas previdenciárias. O prejuízo calculado é de mais de R$ 1 milhão.
Suspeitos presos
A primeira fase da operação foi realizada no dia 24 de outubro quando os investigados foram presos preventivamente. O advogado, de 38 anos, foi localizado em um motel na cidade de Caratinga, perto da BR-458. Já a advogada, de 42 anos, foi encontrada na cidade de Guarapari (ES).
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