Médicos fazem greve por falta de salário em cidade da Grande São Paulo

São Paulo —  Médicos que trabalham em unidades públicas de saúde de Embu-Guaçu, na região metropolitana de São Paulo, entraram em greve por causa da falta de pagamento dos salários.

A paralisação afeta a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Cipó e a Unidade Mista de Saúde (UMS) do Jardim Emília. Segundo o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), 17 médicos contratados pela empresa terceirizada Medic Health estão sem receber desde agosto passado.

De acordo com o Cremesp, a Prefeitura de Embu-Guaçu não transferiu os valores para a empresa pagar os médicos. A investigação feita pela autarquia aponta que a dívida é de mais de R$ 3 milhões.

Nessa quinta-feira (24/10), apenas os pacientes classificados em estado de urgência ou emergência estavam sendo atendidos na UPA de Cipó. Aqueles considerados sem risco maior estavam sendo encaminhados às UBS. Havia um “grande número” de pacientes aguardando consulta, informou o Cremesp.

“Frente a essas situações evidenciadas pelo CREMESP e risco iminente de paralisação completa da assistência, reiteraremos à Prefeitura do Município de Embu-Guaçu e o Ministério Público da rápida resolução junto à comissão de greve”, afirmou o Cremesp, em nota.

A Organização de Advogados do Brasil (OAB) encaminhou uma denúncia ao Ministério Público de São Paulo (MPSP) relatando falta de médicos para assistência, falta de medicamentos e prejuízo aos pacientes na internação hospitalar da cidade.

O Metrópoles pediu um posicionamento à Prefeitura de Embu-Guaçu, mas não obteve resposta. A empresa Medic Health também não respondeu ao contato feito pela reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

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