Estelionatária de luxo: mulher comprava jogo de panelas, quadros, sapatos e roupas de grife


Ela também recebeu por consultorias e registros e marcas que não foram feitos. São pelo menos 35 processos contra Jhose Campos Alves, ré por causar prejuízo de R$ 1 milhão no Espírito Santo. Jhose Campos Alves, de 45 anos, também é suspeita de ter cometidos crimes em Minas Gerais e na Bahia
Divulgação/Polícia Civil
A revelação do nome da mulher que vai responder na Justiça estadual por crimes de estelionato em bairros da Grande Vitória acabou levando supostas novas vítimas a relatarem outros golpes e procuraram delegacias para fazer mais denúncias. Além do caso ocorrido na Ilha do Boi, em Vitória, com prejuízo de cerca de R$ 1 milhão, contra Jhose Campos Alves, de 45 anos, existem pelo menos 35 processos nas áreas cível e criminal, em cidades variadas.
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Alguns dos processos já contam com decisão dos juízes, inclusive determinando o pagamento de valores que totalizam cerca de R$ 400 mil.
Entre os relatos na internet, os outros possíveis golpes praticados por Jhose envolvem compra de sapatos, semijoias, jogo de jantar, taças, roupas de marca de luxo, panelas e até o não pagamento de salários a funcionários.
Jhose Campos Alves, de 45 anos, se tornou ré e vai responder a um processo penal por crimes de estelionato na Justiça o Espírito Santo
Divulgação/Polícia Civil
Um dos relatos é do período em que Jhose morava na Ponta da Fruta, em Vila Velha, na Grande Vitória, e a vítima aponta ter tido um prejuízo de R$ 344 mil, identificado em maio de 2023. Segundo ela, Jhose é acusada de usar o seu cartão de crédito para a compra de roupas de marca – como Animale –, além de fazer retiradas em pix para sua conta.
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Outra vítima disse que luta desde 2020 para se recuperar do prejuízo que levou quando vendeu para Jhose utensílios domésticos – jogo de panelas, taças de cristal, aparelho de jantar, entre outros objetos de marcas como Tramontina e Oxford –, que nunca foram pagos.
Já em um processo de 2019, a estelionatária teria proposto assessoria para registro de marca a uma cervejaria de Domingos Martins, na Região Serrana do Espírito Santo, e recebeu R$ 2,8 mil pelos serviços que não foram prestados. A dívida atualizada está em torno de R$ 3,7 mil. Nesse caso, já há condenação para o pagamento do valor.
Relembre o caso
Segundo a polícia, Jhose Campos Alves ostentava uma vida de luxo por meio de estelionatos
Reprodução/Redes sociais
A mineira Jhose Campos Alves, de 45 anos, se tornou ré e vai responder a um processo penal por crimes de estelionato na Justiça do Espírito Santo, que também decidiu que ela deve permanecer presa. De acordo com a Polícia Civil, a mulher é conhecida por ser uma das principais estelionatárias da capital e mantinha um estilo de vida luxuoso.
O delito apontado no processo penal é de estelionato, artigo 171 do Código Penal. Por enquanto, ela responderá sete vezes pelo crime e por crimes contra o patrimônio. A decisão também a mantém presa. Na possibilidade de uma condenação, ela pode pegar até 35 anos de cadeia.
Justiça aceita denúncia contra Jhose Campos Alves, de 45 anos, acusada de estelionato
O advogado Marcos Giovani Correa Felix, representante da ré, alega que as ações praticadas pela suspeita não podem ser consideradas estelionatos, mas desacordo comercial. Ele acrescenta ainda que sua cliente sofre com uma doença chamada oniomania (também conhecida como síndrome de compra compulsiva).
A orientação para as vítimas que tenham reconhecido Jhose por fotos ou pelo nome é de que procurem a Delegacia do 3º Distrito – Praia do Canto, em Vitória. “Para registrarem um boletim de ocorrência de forma on-line para que possamos investigar”, afirmou o delegado Diego Bermond.
Além disso, existe uma investigação em andamento por meio do 7º Distrito Policial de Vila Velha que apura possíveis crimes cometidos pela acusada na época em que morava no bairro Ponta da Fruta, em Vila Velha.
Jhose Campos Alves, de 45 anos, é acusada de estelionato no Espírito Santo
Divulgação/Polícia Civil
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Suspeitos de estelionato no Espirito Santo são presos em Minas
Jhose foi presa no dia 7 de dezembro em uma mansão localizada na Ilha do Boi, bairro nobre de Vitória. Ainda segundo a polícia, no dia da prisão foram apreendidos móveis, itens de decoração, roupas e 13 telas de pintura na casa em que Jhose estava.
Segundo a Polícia Civil de Manhuaçu, a mulher é da cidade de Mutum, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais.
Modo de agir
Nas redes sociais, Jhose se apresentava como Josi Grand ou Josi Grand Buaiz, sobrenomes de famílias tradicionais do Espírito Santo.
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De acordo com as investigações, a mulher realizava as compras com cheques sem fundo ou alegava não ter crédito no cartão e, em seguida, dizia estar passando por problemas financeiros e dizia que não teria como pagar. Foi assim que Jhose teve acesso aos produtos encontrados na mansão onde ela morava.
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