Imagens mostram ação da polícia e interior de casa onde atirador matou familiares e PMs em Novo Hamburgo


Cinco pessoas morreram, entre elas o atirador. Outras oito pessoas ficaram feridas. Paredes internas de residência ficaram com diversas marcas de disparos de arma de fogo. Imagens mostram interior de casa onde atirador matou familiares e PMs no RS
Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram como ficou o interior da casa onde um atirador baleou familiares e policiais em Novo Hamburgo, entre a noite de terça (22) e a manhã de quarta-feira (23). O ataque, na Região Metropolitana de Porto Alegre, terminou com cinco mortos, entre eles o próprio atirador, e oito pessoas feridas.
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Nas fotos, é possível ver dezenas de marcas de tiros nas paredes internas da residência. O reboco das paredes chegou a cair em alguns pontos. Além disso, a polícia divulgou vídeos das ações dos agentes, que trocaram tiros com o atirador (veja acima).
O assassino foi identificado pela polícia como Edson Fernando Crippa, de 45 anos. O homem foi morto pela polícia após o tiroteio.
O pai dele, Eugênio Crippa, de 74 anos, foi morto na garagem da residência por disparos de arma de fogo. Já o irmão, Everton Luciano Crippa, de 49 anos, chegou a ser resgatado e atendido em um hospital, mas morreu após uma parada cardíaca.
Além deles, dois policiais militares morreram no caso. Os soldados foram identificados como Everton Raniere Kirsch Junior e Rodrigo Weber Volz, ambos com 31 anos.
Outras oito pessoas ficaram feridas no ataque. Do total, cinco permanecem internadas e três já receberam alta.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento para investigar as circunstâncias envolvendo o porte e o registro das armas do homem. De acordo com o procurador da República Celso Três, a investigação procura analisar se as liberações seguiram todas as normas estabelecidas em relação ao mais recente decreto editado pelo governo federal.
O secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, afirmou que o assassino tinha histórico de esquizofrenia. A motivação do crime ainda é desconhecida pela polícia. Segundo as autoridades, a irmã do assassino disse aos investigadores que o homem “tinha um comportamento agressivo, especialmente contra os pais”.
A polícia encontrou quatro armas e “farta munição” no local do crime. Além disso, o homem tinha registro como colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC).
Paredes com marcas de tiros após cerco em Novo Hamburgo
Polícia Civil/Divulgação
Entenda o caso
O crime começou na noite de terça (22), quando a polícia recebeu denúncias de que o suspeito mantinha os pais, dois idosos, em cárcere privado. Eles estavam na casa da família, na Rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco.
Uma guarnição foi enviada para o endereço. Os PMs foram recebidos no portão da casa e conversaram com o casal de idosos, iniciando o registro da ocorrência. Foi nesse momento que os policiais foram surpreendidos pelos disparos do homem.
Durante a madrugada de quarta, houve diversas trocas de tiros entre o homem e a polícia. Dois drones dos militares também foram abatidos pelo homem, ainda segundo a Brigada Militar (BM), a polícia do Rio Grande do Sul.
O cerco no local durou cerca de nove horas, terminando na manhã de quarta. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o atirador foi “neutralizado” e morto.
Tanto a casa onde estava o homem quanto imóveis vizinhos ficaram com marcas dos tiros nas paredes. A perícia recolheu dezenas de cápsulas de balas disparadas, além de “pelo menos 300 munições de pistola ainda não desfagradas” dentro da residência.
Perito recolhe grande quantidade de munição após ataque em Novo Hamburgo
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