Como dados e tecnologia transformam o mercado

No programa “O Varejista”, transmitido pela BMC News, especialistas discutiram o impacto dos dados no varejo, a ascensão do Retail Media e a importância da educação corporativa para o desenvolvimento profissional. Os entrevistados Fábio Amorim, CEO da Pixel Retail Media, Zora Viana, CEO da Fex Educação, e Tsai Chi-Yu, CEO da STE, trouxeram insights sobre como a tecnologia e a análise de dados estão revolucionando diversos setores.

Retail Media: O futuro da publicidade no varejo

Fábio Amorim explicou como o conceito de Retail Media tem ganhado força no Brasil, seguindo uma tendência já consolidada nos Estados Unidos. Esse modelo permite que varejistas monetizem seus espaços físicos e digitais, oferecendo às marcas a possibilidade de impactar consumidores diretamente no momento da compra.

“Retail Media é mídia dentro do varejo. As marcas podem ativar suas campanhas diretamente no ponto de venda e medir os resultados com base em dados precisos”, afirmou Amorim. Segundo ele, esse modelo se destaca pela combinação de mídia e inteligência de dados, permitindo segmentação detalhada e maior efetividade das campanhas.

O executivo ressaltou que o sucesso do Retail Media depende da qualidade dos dados coletados. Informações como perfil do consumidor, frequência de compras e comportamento dentro da loja são fundamentais para garantir a assertividade da comunicação. Além disso, destacou a importância de métricas como o sell-in (venda da indústria para o varejo) e o sell-out (venda do varejo para o consumidor final) para avaliar a efetividade das campanhas publicitárias.

Amorim também apontou que supermercados são um ambiente ideal para a expansão do Retail Media, devido à alta frequência de visitas e ao grande fluxo de consumidores. Segundo ele, ao combinar tecnologia e inteligência de mercado, os varejistas podem oferecer oportunidades estratégicas para anunciantes, ampliando suas receitas e consolidando novas fontes de monetização.

Educação corporativa e a tecnologia

A entrevista também abordou o papel da educação corporativa na formação profissional. Zora Viana, CEO da Fex Educação, destacou que muitas empresas enfrentam dificuldades com a qualificação de seus colaboradores, uma vez que as faculdades nem sempre conseguem preparar os profissionais para as demandas do mercado.

“As universidades ensinam fundamentos, mas o treinamento prático fica a cargo das empresas. Por isso, vemos um crescimento da educação corporativa e das universidades internas”, afirmou Zora.

Ela argumentou que as organizações precisam investir em treinamentos personalizados para capacitar seus funcionários de forma contínua. Segundo a especialista, programas de aprendizado interno ajudam a reduzir a curva de adaptação dos profissionais e garantem que os colaboradores estejam alinhados com a cultura e os objetivos estratégicos das empresas.

Além disso, Zora apontou que a transformação digital impõe novos desafios para a educação corporativa. Ferramentas de aprendizado online e trilhas de conhecimento personalizadas se tornaram essenciais para manter os profissionais atualizados diante das rápidas mudanças do mercado.

Previdência corporativa: um benefício estratégico

Outro tema discutido foi a importância da previdência corporativa como ferramenta de retenção de talentos. Tsai Chi-Yu, CEO da STE, destacou que a previdência privada no ambiente empresarial tem evoluído para se tornar um benefício estratégico, ajudando as empresas a atrair e manter talentos qualificados.

“A previdência corporativa precisa ser vista como um incentivo de médio e longo prazo. As empresas que adotam esse benefício não só aumentam a satisfação dos funcionários, mas também otimizam sua estrutura tributária”, explicou Tsai.

Segundo ele, a modernização desse benefício passa pela digitalização dos processos e pela simplificação da adesão. Modelos tradicionais exigiam que os funcionários passassem por burocracias, como ligações para centrais de atendimento e preenchimento de formulários manuais. Com a transformação digital, os colaboradores podem acessar e gerenciar seus planos de previdência diretamente pelo WhatsApp ou aplicativos, de tecnologia de comunicação tornando o processo mais ágil e eficiente.

Além disso, Tsai enfatizou que a previdência corporativa pode ser integrada à cultura da empresa, reforçando valores de longo prazo e estabilidade financeira para os funcionários. Segundo ele, empresas que priorizam esse benefício criam um ambiente mais atrativo e fortalecem seu vínculo com os colaboradores.

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