Grande SP ainda tem 36 mil imóveis sem energia após temporal da noite desta quarta-feira, diz Enel


De acordo com levantamento da concessionária, a cidade mais atingida é a capital paulista, que tem 26.418 endereços ainda sem energia, seguida por Itapevi, que tem outros 3 mil imóveis sem luz. Mulher em restaurante sem luz após apagão atingir Cuba, em 18 de outubro de 2024.
Norlys Perez/ Reuters
Passadas mais de 12 horas do temporal que caiu na Grande São Paulo na tarde desta quarta (23), a Região Metropolitana de São Paulo ainda tem 36 mil endereços sem energia elétrica na manhã desta quinta-feira (24).
De acordo com levantamento da concessionária Enel de 06h40 da manhã, a cidade mais atingidaé a capital paulista, que tem 26.418 endereços ainda sem energia, seguida por Itapevi, que tem outros 3 mil imóveis sem luz.
Segundo a Enel, os 36 mil clientes da Grande SP sem luz representam apenas 0,44% do total de 8,2 milhões de clientes que a empresa tem na área de atuação.
Por causa do temporal, a região chegou a ter mais de 74 mil sem luz às 20h.
Relatório da Enel mostra os endereços ainda sem energia elétrica na Grande SP.
Reprodução
Temporal rápido
A chuva que atingiu a Grande São Paulo na tarde desta quarta-feira (23) derrubou árvores, causou alagamentos e deixou imóveis sem energia.
Até as 21h desta quarta:
O Corpo de Bombeiros havia registrado 51 ocorrências por queda de árvores e 13 por alagamentos.
Dois voos foram desviados de Congonhas para outros aeroportos por pouca visibilidade na pista.
Gerador de energia explode na Zona Sul.
Parte do teto de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ma Barra Funda desabou.
Segundo a CET, até 19h, 23 semáforos estavam apagados na capital. O trânsito na cidade registrou 1.023 km de lentidão.
Com chuva e sem semáforo, trânsito trava na Avenida Nove de Julho, no Centro de SP
Reprodução/TV Globo
Por conta da chuva, dois voos que pousariam em Congonhas foram alternados para outros aeroportos. Em nota, a Aena que, que administra o local, informou que o aeroporto “opera por instrumentos”, um procedimento padrão por pouca visibilidade.
Na região da Chácara Santo Antônio, na Zona Sul, um morador flagrou um gerador de energia explodindo. No dia 11 de outubro, o estado sofreu um apagão após um temporal, imóveis ficaram cerca de 6 dias sem energia. O fornecimento foi normalizado pela Enel somente no dia 17 de outubro.
Com a forte chuva, parte do teto da Unidade Básica de Saúde (UBS) Boracéa, na Barra Funda, na Zona Oeste da cidade, desabou. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, uma equipe de engenharia “já está realizando os reparos em parte do teto da recepção danificada”.
“O atendimento na unidade foi temporariamente suspenso por precaução, mas a previsão é que seja retomado normalmente na manhã desta quinta-feira (24). Não houve feridos entre os funcionários e pacientes presentes no local”, informou a pasta.
Gerador de energia explode na Zona Sul.
Segundo o boletim de Enel, divulgado às 18h55, 71.815 mil imóveis estão sem luz na Grande São Paulo. Por volta de 17h56, um pouco depois da cidade ter entrado em estado de atenção, eram 34.122 imóveis no escuro, ou seja, em 1 hora teve um aumento de 110% no número de imóveis afetados.
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Na Zona Leste da capital, a estação São Miguel, da CPTM, foi invadida pela água.
Funcionários tentam tirar a água da estação da CPTM.
Na região da Pompeia, na Zona Oeste, a travessa João Matias ficou alagada.
Ruas alagadas na Zona Oeste de SP
Arquivo pessoal
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), até às 18h30, 23 semáforos estavam apagados por falta de energia ou falha nos equipamentos. Na Avenida Nove de Julho, por exemplo, os carros ficaram amontoados. (foto acima)
O trânsito na cidade registrou 1.023 km de lentidão.

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