Lewandowski atribui ataque em Novo Hamburgo à “proliferação” de armas de fogo

Lewandowski destacou que o governo está trabalhando para rever a emissão de registros de CACsJosé Cruz/ Agência Brasil

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, questionou o aumento do porte de arma de fogo após o atentado que deixou três mortos e nove feridos em Novo Hamburgo (RS). 

O ministro afirmou, nesta quarta-feira (24), que o tiroteio é consequência da “proliferação indiscriminada de armas de fogo” no Brasil. 

Lewandowski destacou que o governo está trabalhando para rever a emissão de registros e fortalecer a fiscalização sobre o controle de armas no país, especialmente para caçadores, atiradores e colecionadores (CACs).

“É lamentável o que aconteceu em Novo Hamburgo. A nosso ver, isso é resultado da proliferação indiscriminada de armas de fogo que existe na sociedade brasileira”, ressaltou Lewandowski após um evento no Ministério da Justiça.

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O ministro adiantou que, a partir de 31 de dezembro, a supervisão do armamento civil será transferida do Exército para a Polícia Federal. Segundo ele, o objetivo é garantir um controle mais rígido e eficaz sobre o uso de armas no país.

“Somos contra essa proliferação de armas, entendemos que elas têm que ser reduzidas, têm que ser controladas, muito bem fiscalizadas”, reforçou o ministro.

A mudança na fiscalização das armas de fogo dos CACs foi determinada pelo decreto de armas assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em julho de 2023, retirando essa responsabilidade das Forças Armadas e transferindo para a Polícia Federal.

Entenda o caso

Edson Fernando Crippa, de 45 anos, matou três pessoas e feriu outras 9 em um ataque a tiros em  Novo Hamburgo (RS) , às 23h desta terça-feira (22). 

Entre os mortos estão  o  policial militar Everton Raniere Kirsch Junior, o pai do suspeito, Eugênio Crippa, de 74 anos, e o irmão do atirador, Everton Crippa.

Segundo a prefeita de Novo Hamburgo,  Fátima Daudt ( MDB ), Crippa possuía registro de CAC ( Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador ) e tinha quatro armas registradas em seu nome. Ele foi morto pela Brigada Militar após nove horas de cerco.

De acordo com informações da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, Crippa apresentava quadros de esquizofrenia.

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