PF mira grupo suspeito de fraudar registros de madeira ilegal e causar prejuízo ambiental de R$ 400 milhões


Ação conjunta cumpre 23 mandados de busca e apreensão em três cidades. Grupo criminoso causou prejuízos ambientais estimados em R$ 400 milhões. Maquinários e caminhões foram apreendidos na terra indígena Roosevelt, em Rondônia.
PF/Divulgação
A Polícia Federal em conjunto com a Polícia Militar de Rondônia realizou, nesta terça-feira (22), a Operação Ghost Truck, com o objetivo de desarticular um grupo criminoso que fraudava sistemas ambientais para legalizar madeira extraída ilegalmente de terras indígenas. Estima-se que as atividades ilegais do grupo tenham causado um prejuízo superior a R$ 400 milhões.
A operação ocorreu nas cidades de Espigão D’Oeste (RO), Pimenta Bueno (RO) e Ji-Paraná (RO), onde foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão. Os mandados judiciais foram expedidos pela Justiça Federal em Vilhena (RO) e resultaram na apreensão de celulares, documentos e veículos.
Segundo a PF, o grupo mantinha madeireiras em nome de laranjas e utilizava registros falsos nos sistemas de órgãos ambientais para “legalizar” a madeira retirada de forma ilícita de terras indígenas. A corporação não revelou como eram feitos esses registros.
A investigação foi iniciada após incursões da Polícia Federal na Terra Indígena Roosevelt, onde foram constatados grandes danos ambientais.
Os investigados poderão responder por associação criminosa, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e crimes ambientais. A operação é considerada um importante avanço para combater a exploração ilegal de madeira em terras protegidas.
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