
Denúncia foi aceita pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri na última sexta-feira (7). Além disso, magistrado também decretou prisão preventiva dos réus. Suspeito de matar jovem palestino em Manaus é preso.
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) aceitou a denúncia contra os dois suspeitos de envolvimento na morte do jovem palestino Mohammad Manasrah, de 20 anos. Além disso, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri decretou a prisão preventiva de Bruno da Silva Gomes e Robson Silva Nava Júnior.
Mohammad foi morto na madrugada de 8 de fevereiro deste ano após uma briga na saída de uma casa noturna localizada no conjunto Vieiralves, sendo golpeado com uma garrafa na região do pescoço. O jovem chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Imagens de câmera de segurança mostram o momento do crime.
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De acordo com a Justiça, o processo, que inicialmente tramitava na Vara de Inquéritos Policiais, avançou após o Ministério Público do Amazonas oferecer a denúncia. O g1 entrou em contato com o órgão para obter mais informações, mas foi informado de que o processo segue em sigilo, com restrições que impedem a divulgação de detalhes sobre o conteúdo da denúncia.
Além da denúncia, o magistrado da 1ª Vara decretou a prisão preventiva de Bruno Gomes, que já estava preso desde o dia 13 de fevereiro. Segundo as investigações, ele foi o autor do golpe com uma garrafa de vidro que matou Mohammad.
A prisão temporária de Robson Silva Nava Júnior, suspeito de participar da confusão, também foi convertida em prisão preventiva. Ele está foragido.
As autoridades indicam que Robson agiu como cúmplice ao impedir que os amigos da vítima reagissem à agressão praticada por Bruno.
“Destacam-se os depoimentos das testemunhas, bem como as imagens das câmeras de segurança do local, que permitem visualizar o representado. A gravidade do crime e os indícios probatórios demonstram a necessidade da prisão temporária para garantir a regular coleta de provas no inquérito policial, especialmente porque a manutenção do investigado em liberdade pode comprometer futuras diligências”, afirmou o juiz Reyson de Souza e Silva.
Briga termina em morte
Mohammad Manasrah tinha 20 anos e foi morto por homem ainda não identificado em Manaus.
Divulgação/Sociedade Árabe Palestina do Amazonas
Familiares contaram ao g1 que, na noite do crime, Mohammad estava com o irmão mais velho, três primos e cinco amigos comemorando o aniversário de um dos primos em um restaurante japonês. Após o jantar, o grupo decidiu continuar as comemorações em uma casa noturna no conjunto Vieiralves, Zona Centro-Sul de Manaus.
Na saída, o irmão de Mohammad aguardava na fila para pagar a conta. Quando chamou o grupo para fechar a comanda, Mohammad esbarrou em Bruno, o que deu início a uma discussão.
Durante a confusão, Bruno e um segundo suspeito, identificado como Robson Silva Nava Júnior, foram retirados da casa noturna enquanto faziam ameaças ao palestino e mencionavam uma facção criminosa.
Cerca de 15 minutos depois, por volta das 3h, Mohammad deixou o local acompanhado de amigos e familiares. Nesse momento, os dois suspeitos, que estavam escondidos atrás de um carro estacionado em frente ao estabelecimento, surpreenderam o grupo.
Bruno tenta atacar uma pessoa que estava com Mohammad, quando o palestino vê a ação e tenta defendê-lo, sendo atingido com um golpe de garrafa de vidro quebrada no pescoço. O irmão da vítima também foi ferido, mas sofreu apenas ferimentos leves. Após o ataque, os suspeitos fugiram a pé.
Os irmãos foram socorridos e levados ao Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto. Mohammad não resistiu aos ferimentos e morreu ainda na madrugada do dia 8 de fevereiro. Seu irmão recebeu atendimento e teve alta no mesmo dia da confusão.
Palestino morto na saída de casa noturna em Manaus estava de férias e planejava morar no Brasil
Vídeo mostra momento em que jovem palestino é morto em Manaus