5 tipos de pessoas com quem você deve romper a amizade agora, segundo a psicologia

As amizades saudáveis são extremamente importantes para o ser humano, pois promovem a validação pessoal e melhoram a autoestima. Contudo, assim como qualquer outra relação, elas são complexas e precisam se equilibrar em uma dinâmica de dar e receber para funcionarem bem.

Amizade abalada, com amigos brigando

Alguns amigos podem mais atrapalhar do que ajudar outra pessoa – Foto: Reprodução/ND

Pesquisadores da psicologia mostram que ter amigos que reconhecem suas qualidades e oferecem feedback positivo ajuda podem te ajudar a construir uma autoimagem mais forte e confiante.

Contudo, existem alguns tipos de amizades que mais atrapalham do que geram benefícios. Nesses casos, um diálogo franco e uma autoavaliação podem ser necessárias.

Veja 5 tipos de amizade que podem estar te atrapalhando

1. O pessimista perpétuo

Todo mundo tem dias ruins, mas há uma diferença entre desabafar e ser uma fonte de negatividade constante.

A teoria do viés de negatividade, abordada pelos psicólogos Paul Rozin e Roy F. Baumeister no artigo “Bad is Stronger than Good” (O Ruim é Mais Forte que o Bom), mostra que o cérebro humano percebe mais eventos e emoções negativas do que positivas, mesmo que os dois momentos tenham sido de intensidade semelhantes.

O problema de ser amigo de um pessimista perpétuo é que a negatividade dele pode te contagiar e passar a te acompanhar também. Isso ocorre porque os seres humanos são naturalmente empáticos e tendem a absorver as emoções daqueles ao seu redor.

2. O excessivamente crítico

Há uma diferença entre crítica construtiva e crítica constante. Quando uma pessoa é constantemente criticada, especialmente de maneira negativa ou destrutiva, isso pode abalar sua autoconfiança, levando-a a questionar seu valor e suas habilidades.

Esse processo é conhecido como internalização de críticas e está associado a uma série de efeitos emocionais e psicológicos negativos, como baixa autoestima, sentimentos de inadequação e dúvida sobre si mesmo.

Dois amigos discutindo

Sua autoconfiança pode ser abalada quando se convive com alguém que faz críticas constantes – Foto: Reprodução/ND

O psicólogo Carl Rogers, um dos fundadores da psicologia humanista, enfatizou a importância da autoestima positiva, de receber apoio e aceitação sem julgamentos.

Para o especialista, isso é essencial para o desenvolvimento saudável do caráter humano. Quando uma pessoa recebe críticas constantes sem apoio ou reforço positivo, isso pode comprometer seu senso de valor pessoal.

Além disso, a psicóloga Karen Horney, teórica da psicanálise, mencionou que a crítica repetida pode alimentar o desenvolvimento de uma “neurose”, levando a sentimentos de inadequação que afetam profundamente as percepções que as pessoas tem sobre si.

3. O que não respeita limites

Uma amizade verdadeira respeita o espaço pessoal e os limites. No entanto, alguns amigos tendem a ultrapassar essas barreiras pessoais, causando desconforto e angústia.

Manter limites saudáveis ​​é vital para o bem-estar mental e emocional das pessoas. Isso ajuda a manter a autoidentidade, impede de se sentir sobrecarregado pelas demandas dos outros e reforça a auto estima.

Se você tem um amigo que desrespeita constantemente seus limites, talvez seja hora de reconsiderar o valor dessa amizade.

5. O competitivo

Esse tipo de amigo está sempre tentando superar você, seja no trabalho, relacionamentos ou conquistas pessoais. Em vez de celebrar seus sucessos, eles os veem como um desafio.

Esse tipo de dinâmica pode levar a sentimentos de inadequação, baixa autoestima e ressentimento, pois quando alguém ao seu redor está sempre competindo e tentando superar seus sucessos, pode criar um ambiente de rivalidade, em vez de apoio mútuo.

O psicólogo Leon Festinger, conhecido por sua teoria da Comparação Social (1954), explicou que as pessoas tendem a se comparar com os outros para avaliar suas próprias habilidades e sucessos.

Quando essa comparação é frequente e negativa, especialmente em relacionamentos, pode resultar em sentimentos de inferioridade. Quando levado para um contexto de amizade, o constante hábito de competição pode prejudicar o bem-estar emocional, pois a pessoa se sente pressionada a ser “melhor” o tempo todo.

Outra psicóloga que já abordou o assunto em seus estudos foi Tara Brach, que disse que a que ambientes competitivos podem aumentar o senso de inadequação.

Ou seja, em vez da amizade promover uma conexão genuína, ela pode provocar ansiedade e a sensação de que nunca é o suficiente.

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