Crânio de tigre-da-tasmânia encontrado em balde pode ser a chave para reviver espécie

Um projeto conduzido por uma empresa de biotecnologia do Texas, nos Estados Unidos, tem como objetivo trazer de volta um animal da fauna australiana, o tigre-da-tasmânia, que teve sua extinção confirmada em 1036.

A equipe de pesquisadores irá utilizar técnicas de engenharia genética, utilizando o RNA e DNA de um crânio preservado por um museu em Melbourne, na Austrália.

Crânio de tigre-da-tasmânia encontrado em museu

Crânio de animal foi encontrado em um balde de um museu – Foto: The Guardian/Reprodução/ND

Segundo o portal The Guardian, em 2022, um crânio de um tigre-da-tasmânia guardado em um balde, encontrado por pesquisadores do museu de Melbourne, foi o primeiro passo para o início do ressurgimento do animal.

Segundo o professor Andrew Pask, chefe do laboratório de pesquisa de restauração genética, o crânio encontrado no balde estava extremamente conservado.

“Era literalmente uma cabeça em um balde de etanol no fundo de um armário que tinha acabado de ser despejada ali com toda a pele removida e estava ali há cerca de 110 anos”, comentou o professor.

A cabeça do animal tinha material que os cientistas achavam que seria impossível de encontrar, incluindo longas moléculas de RNA cruciais para reconstruir o genoma de um animal extinto.

Após cerca de um ano de pesquisas, cientistas australianos e estadunidenses estão avançando no processo de trazer a espécie de volta a vida.

Projeto para trazer o tigre-da-tasmânia de volta

A pesquisa está sendo conduzida pela Colossal, empresa de biotecnologia sediada no Texas, especializada em “desextinção e preservação de espécies”.

Juntamente com o tigre-da-tasmânia, outros dois animais também estão nos planos de recriação da empresa, são eles o mamute lanoso e o dodô.

Fotografia de um tigre-da-tasmânia

Pesquisadores pretendem trazer o tigre da Tasmânia de volta a vida – Foto: The Guardian/Reprodução/ND

A Colossal comenta que os pesquisadores fizeram vários avanços em seu trabalho com a espécie, colocando a empresa muito mais perto de seu objetivo de devolvê-la à natureza.

A empresa possui o genoma antigo de mais alta qualidade já produzido, com apenas 45 lacunas em um projeto genético que contém cerca de 3 bilhões de informações.

O tecido encontraram no “cabeça em um balde”, crânio do tigre apelidado pelos cientistas, tinha longas sequências preservadas de DNA, material genético essencial para a restruturação do animal, mas também longas moléculas de RNA.

Com essas amostras coletadas, os pesquisadores conseguiram obter informações relacionadas ao nariz, olhos, língua e outros materiais faciais do animal, dando uma imagem do que um tigre-da-tasmânia poderia saborear e cheirar, que tipo de visão ele tinha e como seu cérebro funcionava.

A equipe da Colossal pretende utilizar células-tronco de uma espécie viva com DNA semelhante ao do tigre-da-tasmânia, o Thylamys karimii, também conhecido como rato-de-cauda-gorda, e transformá-las na versão mais próxima possível das células do animal extinto.

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