Homem é condenado por homicídio após assassinar companheira com 29 facadas em SC

Um homem foi condenado a cumprir pena de 30 anos após assassinar a então companheira com 29 facadas, em Forquilhinha, no Sul de Santa Catarina. O Tribunal do Júri da Comarca do município julgou o caso, na quinta-feira (17), e condenou o autor por homicídio triplamente qualificado. A reclusão será em regime inicial fechado.

Autor do crime foi condenado por homicídio triplamente qualificado à pena de 30 anos de reclusão em regime inicial fechado após assassinar namorada a facadas

Homem foi condenado a cumprir pena de 30 anos após assassinar a companheira em maio de 2023 – Foto: Freepik/ND

O crime ocorreu em 8 de maio de 2023, um sábado, quando Maria (nome fictício) estava com a família reunida para receber a mãe, que havia saído de Florianópolis para visitá-la em Forquilhinha.

Para comemorar o reencontro, a vítima fez um churrasco em casa. Além de sua mãe, irmã e seus quatro filhos, seu namorado, com quem tinha um relacionamento há seis meses, também estava no local.

Após o jantar, todos foram se deitar e o então namorado de Maria deixou a residência, até que, por volta de 5h30 da manhã, retornou e bateu na janela do quarto da namorada. Assim que ela abriu, ele a puxou para fora e a assassinou com 29 facadas.

O homicídio foi presenciado pela mãe da vítima, que tentou socorrer a filha, puxando-a para dentro da casa novamente, mas, quando conseguiu, a mulher já estava sem vida. Enquanto tentava socorrê-la, a mãe também levou uma facada. A motivação concreta do crime não foi esclarecida. Além do autor do homicídio, um outro homem, ainda não identificado, ficou vigiando a ação e auxiliou na fuga do réu.

Homicídio com três qualificadores

De acordo com a tese apresentada aos jurados pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), por meio do promotor de Justiça, Cleber Lodetti de Oliveira, o crime foi praticado com emprego de meio cruel, já que o homem atacou a vítima com 29 golpes de faca, causando-lhe grande sofrimento.

O condenado também dificultou a defesa da vítima ao agir de forma inesperada, puxando-a pela janela e a atacando de surpresa, o que reduziu suas chances de reagir. Por fim, o crime foi motivado pelo fato de a vítima ser mulher, em um contexto de violência doméstica, já que havia uma relação íntima entre eles, o que configura feminicídio.

Além do crime de homicídio triplamente qualificado, o homem foi condenado por lesão corporal, por ter atingido a então sogra com um golpe de faca no braço enquanto esta tentava salvar a filha.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.