
O mercado financeiro brasileiro encerrou esta terça-feira (11) em queda, refletindo o cenário de aversão ao risco global e incertezas econômicas internas. O Ibovespa registrou recuo, enquanto o dólar também apresentou leve desvalorização, acompanhando o movimento dos mercados internacionais.
Ibovespa fecha em queda com pressão externa
O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão com queda de 0,8%, aos 123.507 pontos. O desempenho foi influenciado pela instabilidade no mercado internacional, além de dados econômicos nacionais que vieram abaixo das expectativas.
Apesar da retração no dia, o índice ainda acumula uma leve valorização de 0,6% em março e 2,7% no ano. O volume financeiro negociado foi de R$ 14,2 bilhões, abaixo da média diária dos últimos 12 meses, que gira em torno de R$ 16,3 bilhões.
Dólar comercial recua e fecha cotado a R$ 5,81
O dólar comercial teve um dia de queda, encerrando a sessão com desvalorização de 0,74%, cotado a R$ 5,8113. O movimento acompanhou a leve recuperação das moedas emergentes e uma menor demanda global pela moeda norte-americana no curto prazo.
Mesmo com o recuo desta terça-feira, a divisa segue com uma desvalorização acumulada de 1,78% em março, refletindo um cenário de expectativas para as políticas monetárias globais e o fluxo de capitais internacionais.
Fatores que impactaram o mercado
EUA e Canadá em tensão comercial
A maior preocupação dos investidores continua sendo a escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e Canadá. O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou ontem o aumento das tarifas sobre aço e alumínio canadenses para 50%, em resposta às novas tarifas sobre eletricidade impostas pela província de Ontário.
A medida reacendeu temores de uma nova disputa comercial, trazendo volatilidade aos mercados globais. O setor industrial e de commodities foi um dos mais impactados, já que grandes mineradoras e siderúrgicas têm exposição direta a essas movimentações.
Desempenho econômico doméstico
No Brasil, os investidores repercutiram os novos dados da produção industrial, que vieram abaixo do esperado. O setor registrou crescimento de 1,4% na comparação anual, ficando aquém das projeções, que indicavam uma alta de 2,3%.
Esse resultado reforçou a percepção de uma desaceleração econômica, aumentando as preocupações com o ritmo de recuperação da atividade produtiva no país.
Recomendações de especialistas
Diante do atual cenário de incertezas e volatilidade no mercado financeiro, especialistas recomendam paciência e análise estratégica antes de tomar decisões de investimento.
Marco Saravalle, CEO da MSX Invest, destacou no programa Closing a importância de uma abordagem cautelosa neste momento:
“O atual contexto geopolítico exige paciência dos investidores para tomarem a melhor decisão.”
A recomendação de Saravalle reforça a necessidade de uma visão de longo prazo, evitando decisões precipitadas em meio a um cenário de alta volatilidade.
Perspectivas para os próximos dias
Os próximos pregões devem continuar refletindo a influência dos desdobramentos na disputa comercial entre EUA e Canadá, além de novos indicadores econômicos no Brasil e no exterior.
Para os investidores, a recomendação segue sendo acompanhar os fundamentos do mercado e manter a diversificação da carteira, buscando minimizar os impactos de oscilações bruscas.
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