Inteligência Artificial: o desafio da regulação no Brasil

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A inteligência artificial (IA) já é uma realidade e vem impactando diversos setores da economia global. No entanto, enquanto outras nações avançam na regulação para equilibrar inovação e segurança, o Brasil ainda enfrenta desafios para definir diretrizes claras sobre o tema. Em entrevista ao programa Mercado & Beyond, o especialista em IA Celso Camilo destacou que o país precisa acelerar esse processo para não ficar para trás na corrida tecnológica.

Atraso na regulamentação pode afastar investimentos

Desde 2020, diversas iniciativas foram apresentadas no Congresso Nacional para criar um marco regulatório para a IA no Brasil. No entanto, a tramitação tem sido lenta, gerando insegurança para investidores e empresas do setor. Segundo Camilo, a ausência de regras bem definidas cria um ambiente de incerteza, afastando novos investimentos e dificultando o crescimento das empresas nacionais de tecnologia.

O Brasil ainda está numa fase inicial na discussão da regulamentação da IA. Essa demora pode impactar negativamente o país na corrida global pela inovação”, afirmou o especialista. Ele destaca que a proposta de lei 2338/2023 pode ser uma solução viável, pois busca um equilíbrio entre inovação e segurança.

Medo excessivo pode prejudicar o avanço da Inteligência Artificial

Um dos desafios apontados por Camilo é o excesso de preocupações com riscos ainda não comprovados da IA. Para ele, é preciso evitar um ambiente regulatório excessivamente restritivo, que pode engessar o setor e prejudicar a competitividade do Brasil.

A regulação precisa ser equilibrada. Hoje, há um excesso de medo que pode levar a restrições desnecessárias. Em outros setores, como o de dispositivos médicos, já existe um modelo de regulação eficiente com supervisão da Anvisa. O mesmo pode ser aplicado à IA”, explicou.

O papel do Brasil na corrida global da IA

Camilo também destacou que o Brasil tem um potencial competitivo no cenário global da IA, especialmente no Sul Global. No entanto, para consolidar essa posição, é essencial investir em talentos, infraestrutura e dados de qualidade.

O Brasil tem profissionais altamente qualificados, mas muitos acabam indo para o exterior por falta de oportunidades e incentivos internos. Precisamos fomentar esse ecossistema para que esses talentos permaneçam aqui”, ressaltou.

Inteligência Artificial e geopolítica

Além das questões regulatórias e econômicas, Camilo apontou que a IA também se tornou um instrumento de poder geopolítico. Países como China e Estados Unidos já investem bilhões de dólares na corrida pela supremacia tecnológica, utilizando a IA tanto para o desenvolvimento econômico quanto para a segurança nacional.

O Brasil precisa enxergar a IA não apenas como uma inovação tecnológica, mas como um fator estratégico de soberania nacional. Se quisermos competir globalmente, precisamos agir rápido e com uma visão de longo prazo”, alertou.

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