Fiocruz entra com pedido para produzir vacina da dengue no Brasil

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) enviou um pedido de autorização ao Ministério da Saúde para fechar um acordo de transferência de tecnologia com a farmacêutica japonesa Takeda.

O objetivo é receber a tecnologia de produção da vacina contra a dengue para ampliar a disponibilidade de doses do imunizante no Brasil.

Em nota enviada ao Metrópoles, a Fiocruz confirmou a formalização do pedido de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP).

A produção da vacina Qdenga é considerada fundamental, especialmente diante das limitações de produção da da Takeda

Vacinação em 2025

Para 2025, já foram adquiridas 9 milhões de doses da vacina contra a dengue, cerca de 50% a mais do que no ano passado.

No entanto, o público que receberá a vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) segue restrito à faixa etária entre 10 e 14 anos em 2025. O diretor do programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, explica que a decisão foi tomada em consonância com o grupo populacional com mais desfechos graves, necessitando internações hospitalares.

“As próximas doses seguem para o público de 0 a 14 anos, o que pretendemos ampliar é o número de cidades contempladas”, afirmou Gatti, do Ministério da Saúde.

A vacina da dengue aplicada no SUS é fabricada com vírus inativado pela Takeda, que tem vendido a maior parte da produção do imunizante para o Brasil. O laboratório alega que só conseguirá aumentar a disponibilidade de vacinas em 2025 devido a limitações de seu parque fabril.

“O grande impasse, em relação à dengue, é que precisamos, mas não temos mais onde comprar. A prevenção contra a dengue é estratégica para o Brasil”, comentou Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), durante a 26ª Jornada de Imunizações, em Recife (PE).

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